GEOMEGA: um parceiro para uma indústria extrativa mais sustentável

A prestar serviços de projeto e consultoria nas áreas da indústria extrativa, geotecnia e ambiente desde 1995, a GEOMEGA nasceu para dar resposta a uma necessidade do setor extrativo de ter gabinetes de engenharia capazes de fornecer serviços técnicos competentes de forma consistente. Isso mesmo explica Manuel José Russo Monteiro, diretor geral da empresa, que garante que ao longo destes 30 anos a GEOMEGA contribuiu para o desenvolvimento da exploração de recursos geológicos a nível nacional (minas e pedreiras) através do acompanhamento técnico às empresas.

A empresa trabalha com um leque diversificado de empresas do setor extrativo nacional das áreas de exploração de rochas industriais e ornamentais, exploração de argilas, gesso, caulino, feldspatos e areias siliciosas, bem como da extração de minerais metálicos. O leque de serviços vai desde a avaliação dos recursos e das condicionantes territoriais, biofísicas, patrimoniais e sociais, passando pela elaboração dos Planos de Exploração/ Recuperação Paisagística e dos correspondentes Estudos de Impacte Ambiental e Planos de Monitorização Ambiental, até à assessoria técnica prestada nas fases operativas nos domínios essenciais – Exploração, Recuperação Ambiental e Paisagística e Avaliação/Atuação/Mitigação dos impactes e dos riscos ambientais.

A importância de uma exploração sustentada

Nesta indústria, os impactos para o ambiente são vários, dependendo do método de exploração, do tipo de recurso explorado e das características físicas, biofísicas, patrimoniais e sociais do local de intervenção. Mas, de um modo geral, podemos indicar como impactos negativos aqueles que são exercidos na paisagem, a nível da flora e da fauna, nos solos e nos recursos hídricos. Ora cada vez mais os empresários do setor extrativo reconhecem “como imperativo alcançar o bom desempenho ambiental das suas unidades produtivas, havendo uma consciencialização cada vez mais enraizada de que a proteção do ambiente tem de fazer parte dos requisitos de gestão”, sublinha Russo Monteiro. Até porque é evidente que as boas práticas também são benéficas para a própria indústria, adianta o responsável, já que aumentam os níveis de eficiência, o que se traduz na redução de custos e na criação de valor económico. Por outro lado, melhora ainda “a reputação das empresas, incrementando o seu posicionamento nos mercados a que se dirigem, atraindo novos clientes, face a uma crescente procura por produtos de origem responsável”, resume.

Russo Monteiro sublinha que, neste momento, “é incontornável que a valorização dos recursos geológicos tem de assentar em métodos ambientalmente sustentáveis de extração e processamento de minerais que minimizem os impactes ambientais das operações e permitam conservar os recursos biofísicos para as gerações futuras”.

E quais as soluções para o chamado processo de “green mining”? São já interiorizadas pelo setor, admite o responsável da GEOMEGA. Passam pela adoção de práticas que minimizem o desperdício de recursos, incluindo do recurso geológico explorado, fazendo o seu bom aproveitamento, que reduzam o consumo de energia e promovam a utilização de energias renováveis, que assegurem um uso racional da água e uma gestão adequada dos resíduos (industriais e de extração) e que conduzam à recuperação ambiental e paisagística dos terrenos explorados à medida do desenvolvimento da exploração. As empresas têm assim de incorporar as questões ambientais nos métodos de gestão, integrando na cadeia de valor as soluções baseadas no ambiente, a todos os níveis de tomada de decisão.

Russo Monteiro admite serem necessários apoios de natureza política e institucional, no sentido de se criarem condições que possam estimular o desenvolvimento sustentado das explorações existentes e promover o empreendedorismo e a inovação neste setor.

*Este artigo foi publicado na edição 104 da Ambiente Magazine