Desde, praticamente, o início de dezembro que a chuva escasseia em território nacional. As previsões mais atuais do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que vão até domingo, reforçam um cenário em que a probabilidade de precipitação perde espaço, refere o Correio da Manhã.
Um cenário – ao qual se junta o frio intenso e a formação de geadas – que prejudica a agricultura, sobretudo as pastagens. “Até domingo, a precipitação que poderá ocorrer será muito fraca e esporádica”, explica Maria João Frada, meteorologista do IPMA.
Mas esta é uma hipótese reduzida. “Na quinta-feira, há uma probabilidade de precipitação inferior a 50% apenas para o Litoral Norte e Centro e na fronteira norte”, indica a especialista, admitindo que “pode ser normal que existam períodos sem chuva nesta época. O que não é comum é que a situação se mantenha desde praticamente o início de dezembro”.
A razão, aponta, deve-se a “um anticiclone que bloqueia a passagem das superfícies frontais”. A falta de chuva, por si só, não é ainda motivo de preocupação para os agricultores, mas sim todo o peso de um inverno severo. “O maior problema nem é a falta de água, mas sobretudo o gelo que danifica as pastagens. Os prados sofrem com o frio seco e as geadas”, diz João Dinis, da Confederação Nacional da Agricultura.