Com a atividade do Porto de Sines em contínuo crescimento, em particular no Terminal XXI (contentores) e no terminal da REN – Redes Energéticas Nacionais (GNL – Gás Natural Liquefeito), o consumo de energia no Porto de Sines tem disparado nos últimos anos, avança hoje O Jornal Económico.
Para evitar atingir um ponto de saturação ou de rutura sem alternativa à vista, que prejudicaria a atividade do porto e das empresas que nela operam, Jorge D’Almeida, recém-eleito presidente da CPSI – Comunidade Portuária de Sines, revelou ao Jornal Económico que uma das prioridades do seu mandato será encontrar uma solução para o abastecimento de energia ao porto alentejano e aos respetivos terminais.
“O crescimento da atividade dos terminais do porto de Sines, nomeadamente no Terminal XXI e do terminal da REN, que são grandes consumidores de energia, obrigam-nos a estudar este assunto e a encontrar uma solução antes que se torne um problema”, disse Jorge D’Aleida, nas primeiras declarações à comunidade social desde que assumiu este novo cargo à frente da CPSI, organização que representa as empresas que operam no porto de Sines.
Este responsável sublinha que “temos de encontrar uma solução sustentável, ambiental, que aumente a capacidade de fornecimento de energia ao porto de Sines e aos seus terminais, numa tarefa que vai envolver todos os parceiros da CPSI”.
“Estamos a estudar as soluções tradicionais de energia, mas também as menos tradicionais. Entre outras alternativas, estamos a olhar para o gás natural. E temo de pensar na solução com um sentido de logo prazo, porque o que pode ser mais económico ao fim de três anos, pode não ser o mais económico ao fim dos próximos trinta anos”, avisa Jorge D’Almeida. O presidente da CPSI prevê “identificar uma solução nos próximos seis meses”. Hoje em dia, a energia para o porto e para os terminais de Sines é fornecida pela EDP, embora a responsabilidade desse fornecimento seja da APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve.