Neste primeiro trimestre de 2017, a Galp registou um aumento de 56% face a 2016, na produção total (working interest) de petróleo e gás natural. Sendo que este crescimento se deu especialmente no Brasil, em comunicado, a Galp refere ainda que deste valor, 87% correspondeu somente à produção de petróleo.
Durante este período, a empresa realizou também alguns trabalhos de manutenção, em fevereiro e março, nas FPSO Cidade Angra dos Reis e na FPSO Cidade de Paraty, no Brasil. A par disso, continuaram os trabalhos de desenvolvimento do campo Lula/Iracema, atualmente com cinco unidades a produzir a níveis plateau e com a FPSO Cidade de Saquarema em ramp-up de produção, tendo sido conectado o quinto poço produtor durante o trimestre.
Em Angola, embora a produção working interest tenha descido 18% face ao período homólogo, a produção net entitlement desceu apenas 13% face ao primeiro trimestre de 2016, beneficiando do mecanismo de recuperação de custos ao abrigo do contrato de partilha de produção. O resultado operacional (Ebit) a custo de substituição ajustado (RCA) foi de €106 milhões, um aumento de €128 milhões face ao primeiro trimestre de 2016.
Ao nível da exploração de gás, a Galp refere que durante este início do ano, se verificaram restrições no aprovisionamento de gás natural proveniente da Argélia.
Os volumes vendidos de gás natural situaram-se em 2.006 mm³, um aumento de 8% face ao período homólogo, devido ao aumento das vendas a clientes diretos, nomeadamente ao segmento electroprodutor, o que se deveu à menor produção elétrica por via eólica e hídrica na Península Ibérica.
Os volumes vendidos no mercado convencional, ou seja, nos segmentos industrial e de retalho, também aumentaram 15%, devido principalmente ao aumento dos volumes vendidos no segmento industrial, na sequência dos maiores consumos na refinaria de Sines, que havia sido impactada por uma paragem no primeiro trimestre de 2016.
Durante o trimestre, o investimento totalizou €227 milhões, 84% do qual alocado a atividades de desenvolvimento e produção no âmbito do negócio de E&P, nomeadamente no bloco BM-S-11, no pré- sal brasileiro, e no bloco 32 em Angola. Nas atividades de exploração e avaliação, destaca-se a aquisição de sísmica 3D em São Tomé e Príncipe.
O investimento nas atividades de downstream e gás atingiu os €18 milhões, tendo sido alocado, entre outros, a atividades de manutenção na refinaria de Sines.