A Galp está a liderar um projeto pioneiro nos Açores para testar a tecnologia Vehicle-to-Grid (V2G), que permite que os veículos elétricos deixem de ser apenas consumidores de eletricidade e que possam também fornecer energia à rede elétrica.
Desenvolvido em parceria com a Nissan, a Eletricidade dos Açores (EDA), a Nuvve, a Magnum Cap, a DGEG, a ERSE e o Governo dos Açores, através da Direção Regional de Energia dos Açores, o projeto atualmente em curso na ilha de São Miguel é o primeiro a ocorrer em Portugal com uma escala de nível europeu, destaca em comunicado a Galp.
Assente numa lógica descentralizada de fluxos de energia bidirecionais, a tecnologia V2G permite que um carro elétrico carregue a sua bateria ou, em alternativa, que descarregue essa mesma bateria para fornecer energia à rede elétrica.
Com este piloto pioneiro em Portugal – que dá sequência a outros projetos que colocaram a empresa na liderança de soluções de mobilidade elétrica e de baixo carbono – a Galp reforça assim o “compromisso com o caminho de uma transição energética assente na descarbonização do setor, na descentralização e na conectividade”.
Segundo a Galp, a tecnologia V2G permitirá aos utilizadores de veículos elétricos o “acesso a uma poupança na sua fatura de energia” e a uma “receita associada à prestação de serviços à rede elétrica”, posicionando os utilizadores como “agentes ativos na prestação de serviços auxiliares ao sistema elétrico”.
Adicionalmente, esta tecnologia pode também contribuir para uma “maior penetração de energias renováveis” através, por exemplo, da “possibilidade de carregamento da bateria do veículo elétrico durante o período noturno, aproveitando excedentes de energia eólica”, diz a empresa.
O piloto em curso desde abril está a testar uma frota de 10 veículos elétricos da Eletricidade dos Açores e já permitiu injetar na rede cerca de 13,4 MWh, energia equivalente ao consumo médio de 15 casas por dia.
A realização deste piloto contribui para a criação de um enquadramento legal que permita passar de uma fase piloto para uma fase de mercado num curto espaço de tempo, abrindo assim portas a novos modelos de negócio e novas abordagens para o mercado elétrico nacional.