Galp já factura 650 milhões com o negócio de combustíveis em África
Ainda só representa 8% do volume total de vendas de combustíveis a clientes directos, mas, a Galp, já tem muito mais que uma lança em África, indica o jornal Público. A petrolífera está a apostar nos mercados africanos para garantir crescimento da venda de combustíveis e lubrificantes.
No final do primeiro semestre, a petrolífera tinha uma rede de 150 postos de abastecimento (e 92 lojas de conveniência) em seis países africanos: Moçambique, Suazilândia, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Gâmbia e Angola. Embora não haja planos para abrir mais nenhum até ao final de 2015, “os planos de expansão para os próximos anos são da ordem das dezenas de novos postos”, disse ao Público fonte oficial da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva. É em Moçambique, onde há 34 postos, que se tem registado o maior ritmo de aberturas e também neste mercado (a par da vizinha Suazilândia, onde há 22 bombas) que a Galp tem apostado na abertura de lojas com a marca Tangerina, revelou a mesma fonte.
A Galp Marketing Internacional, que gere os negócios africanos, teve um volume de negócios de 650 milhões de euros, adiantou a Galp. A aposta nos mercados africanos, onde algumas previsões de crescimento económico chegam aos dois digítos, tem sido reforçada nos últimos anos e é o reverso da medalha do que se verifica na Península Ibérica onde a rede da Galp foi redimensionada na sequência da crise económica, que empurrou o consumo para níveis da década de 90.
A estratégia da Galp para África assenta, assim, naquilo a que chama os seus “três polos de desenvolvimento”: a África Ocidental (Cabo Verde, Gâmbia, Guiné-Bissau), África Austral-Índico (Moçambique, Malawi e Suazilândia) e África Austral-Atlântico (Angola).