A Galp vai começar em abril a construção do seu primeiro projeto solar, no concelho de Alcoutim, distrito de Faro, com uma potência instalada prevista de 144 megawatts (MW), segundo um comunicado que a Lusa teve acesso.
A petrolífera, que não divulgou os valores envolvidos, referiu que “adjudicou a construção do seu primeiro grande projeto de energia solar fotovoltaica em Portugal, no concelho de Alcoutim, ao consórcio formado pela Jayme da Costa e pela Visabeira, abrindo assim uma nova frente no seu processo de transformação numa empresa mais sustentável”, pode ler-se no site da Lusa.
Segundo a mesma nota, “este projeto compreende quatro centrais fotovoltaicas que se estendem por uma área de 250 hectares”, sendo que “a capacidade de produção anual estimada é de 250 mil megawatt/hora de energia elétrica, o suficiente para abastecer mais de 80 mil famílias e evitar a emissão de 75 mil toneladas de CO2 por ano”.
De acordo com a Galp, o “âmbito dos trabalhos a cargo do consórcio Jayme da Costa, empresa portuguesa focada em soluções na área da energia, inclui todos os trabalhos elétricos, mecânicos e civis das quatro centrais fotovoltaicas, excluindo o fornecimento dos painéis fotovoltaicos”, sendo que “a cargo do grupo Visabeira ficarão todos os trabalhos de construção civil”.
A empresa estima que “os trabalhos de construção deverão iniciar-se em abril e os primeiros eletrões deverão começar a ser produzidos no primeiro trimestre do próximo ano” de acordo com a mesma nota.
O grupo recordou ainda que assumiu o compromisso de “aplicar até 40% do seu investimento anual em projetos relacionados com a transição energética para um modelo de baixo carbono, e entre 10% e 15% em energias renováveis e novos negócios”, sendo que “neste momento, a Galp possui 900 megawatts de capacidade solar fotovoltaica em produção, sendo o terceiro maior produtor ibérico deste tipo de energia”, garantiu.
Susana Quintana Plaza, administradora executiva da Galp responsável pela área de renováveis e novos negócios indicou, citada na mesma nota, que o compromisso da empresa “é claro” nos projetos de mobilidade elétrica, “nos biocombustíveis ou na produção descentralizada de energia, e irá acelerar nos próximos tempos em áreas como o hidrogénio ou a cadeia de valor das baterias, porque este desafio que enfrentamos é urgente e exige escala”.