A Universidade do Algarve, através do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA), e a GALP assinaram no dia 3 de outubro, na Sala de Seminários da Reitoria, no Campus de Gambelas, um protocolo de colaboração que estabelece as bases para um conjunto de atividades de cooperação entre as duas partes, nomeadamente, na área da investigação científica e do desenvolvimento tecnológico.
Tendo como pano de fundo os atuais problemas do clima mundial – em particular as conclusões e objetivos que saíram da Conferência Climática de Paris – a Galp e o CIMA decidiram conjugar o vasto leque de competências e experiência que têm em matéria de projetos ligados ao impacto ambiental, social e económico de valorização de recursos energéticos, para, dessa forma, aprofundarem o conhecimento e a inovação no âmbito da sustentabilidade.
O protocolo agora assinado abrange, por exemplo, a participação conjunta em projetos de investigação de âmbito nacional e internacional; a promoção de atividades de divulgação de ciência, através da realização de seminários e conferências com a participação de parceiros internacionais; a criação de mecanismos de partilha de informação e de consulta mútua, tendo em vista a promoção de projetos
comuns e o estabelecimento de uma visão crítica e perspectiva para o setor energético; a cooperação na área das energias, incluindo energias renováveis; e atividades nos domínios do ensino e da formação, como a coorientação de teses de mestrado e de doutoramento, a promoção de estágios científicos e técnicos ou cursos de curta duração.
Criado em 1998, o CIMA é um centro de investigação multidisciplinar cuja missão é promover o conhecimento e inovação em ambientes costeiros e marinhos. Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, este Centro de Investigação da UAlg acolhe 47 doutorados e mais de 80 colaboradores associados, de várias universidades e institutos nacionais e internacionais. Os investigadores desenvolvem atividades em quatro objetivos temáticos: processos marinhos e de ecossistemas aquáticos de transição; gestão de ecossistemas e atividades integradoras; processos geológicos multiescala através da margem continental; e avaliação de riscos e tecnologias para um ambiente em mudança.
O acordo entre a Galp e o CIMA contou com a presença do diretor da área de investigação e tecnologia da Galp Energia, Carlos Martins de Andrade, do reitor da Universidade do Algarve, Paulo Águas, e da
coordenadora do CIMA, Maria João Bebianno.
A assinatura deste protocolo reforça a estratégia da Galp no âmbito das parcerias estabelecidas com Universidades, como é o caso do programa de cooperação universitária Galp 21, que tem por finalidade o desenvolvimento anual de 21 estudos e trabalhos realizados por estudantes ou mestrandos em universidades de referência, com o objetivo de identificar sistemas e comportamentos energéticos
racionais, aplicáveis na indústria e edifícios. Desde 2007, este programa já proporcionou mais de 230 estágios a alunos finalistas destas universidades.