A situação em Moçambique está a ser acompanhada a “pari passu” na sede da Galp em Lisboa. É neste país lusófono que a energética joga parte do seu futuro, pois Moçambique tem das maiores reservas de gás do mundo, cujo potencial só começa a ser explorado agora.
“Estamos a olhar com o cuidado que temos de ter em qualquer país onde operamos. É um tema que tem de ser acompanhado”, diz o presidente executivo da Galp ao Negócios. Carlos Gomes da Silva sublinha que a suspensão de pagamentos por parte das instituições internacionais vai colocar uma “exigência maior” no “financiamento de grandes projetos” no país devido ao aumento da perceção de risco.
Dito isto, o gestor deixou elogios tanto ao anterior executivo de Armando Gebuza como ao atual de Filipe Nyusi.
A petrolífera tem investimentos tanto no setor de exploração e produção de gás natural (“upstream”) na bacia de Rovuma no Norte do país, como também na refinação e distribuição (“downstream”), contando com 34 postos de abastecimento e dois armazéns de gás.
Na bacia de Rovuma, além de explorar gás natural, está também a desenvolver dois projetos estruturantes: o navio-plataforma Coral e a infraestrutura Mamba, que inclui terminais de liquefação do gás para exportação. Moçambique é uma das âncoras de desenvolvimento da Galp, a par de Angola e Brasil.