Galp Energia quer fazer história no petróleo do México
O governo do México anuncia amanhã os vencedores do primeiro leilão de blocos de exploração. Este é um momento histórico no plano energético, que rompe com 78 anos de monopólio estatal e a Galp Energia quer fazer parte da história desta economia latina.
A petrolífera nacional é uma das 25 concorrentes envolvidas no primeiro leilão de exploração de águas superficiais. Vai participar num consórcio com a BG Group, petrolífera que foi adquirida em abril deste ano pela holandesa Shell por 64 mil milhões de euros, um dos maiores negócios de 2015. Esta fusão, segundo os analistas, pode afigurar-se como um “trunfo para a petrolífera nacional”, A Shell “apresenta um superior perfil operacional, negocial e financeiro, que pode ser extrapolado para a BG Group e respectivos parceiros”, adianta a equipa de research do BiG.
A Comisión Nacional de Hidrocarburos (CNH) vai anunciar os vencedores para 14 blocos petrolíferos. Das 49 empresas interessadas nestes blocos de pesquisa, sobraram apenas metade (25). Há 18 companhias a concorrer individualmente, como a espanhola Cepsa e a francesa Total, e sete consórcios, dos quais se destaca a ENI, petrolífera italiana que já foi acionista da Galp Energia.
O governo mexicano pretende realizar, até 2019, quatro rondas de licitação de campos, quer de exploração quer de extracção de hidrocarbonetos.
O plano visa a entrega, por leilão, de um total de 768 blocos petrolíferos, entre águas superficiais, blocos terrestres, águas profundas e não convencionais.