A Galp Energia registou um resultado líquido ajustado de 114 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma diminuição de sete milhões face ao período homólogo de 2015, informou hoje a empresa. Na comunicação dos resultados trimestrais à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp Energia adianta que, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), o resultado líquido foi negativo em 58 milhões de euros, “incluindo um efeito ‘stock’ negativo de 92 milhões de euros (decorrente da descida do preço das ‘commodities’) e eventos não recorrentes de 80 milhões”.
O crescimento da produção de petróleo e gás no primeiro trimestre contribuiu para atenuar os efeitos da descida do preço do petróleo. Segundo a petrolífera portuguesa, o ritmo de crescimento da produção de petróleo e gás manteve-se nos primeiros três meses do ano, com a entrada em operação da sua quinta unidade flutuante no Brasil, embora não tenha compensado inteiramente a descida das cotações do crude, fixando-se a redução homóloga dos resultados líquidos em sete milhões de euros.
A produção total de petróleo e gás da Galp Energia no primeiro trimestre do ano aumentou 35,8% em relação ao mesmo período de 2015, para uma média diária de 56,3 mil barris, dos quais 52,9 foram de crude e os restantes de gás. Após a entrega da parte desta produção devida aos países onde produz, em contrapartida pelos direitos de exploração e em impostos em espécie, a empresa ficou com 53,7 mil barris por dia, mais 38,7% do que nos primeiros três meses de 2015.
O Ebitda (resultados antes de impostos, juros e amortizações) ajustado atingiu os 239 milhões de euros, menos 22% do que no período homólogo de 2015.
A margem de refinação diminuiu para 4,1 dólares por barril, o que, segundo a Galp, está em linha com os mercados internacionais.