A Galp e a Repsol não desarmam e querem continuar a procurar petróleo e gás natural em Portugal, noticiou hoje o Negócios. Os furos previstos para este ano no mar do Alentejo e no do Algarve não avançaram mas as petrolíferas querem voltar à carga em 2017.
Mas por terem falhado as datas previstas para os furos, as petrolíferas precisam agora de autorização do Governo para retomarem os trabalhos no próximo ano. Tanto a italiana Eni – que opera o consórcio da Galp – como a Repsol, já expuseram ao regulador Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis, as razões pelas quais decidiram adiar os furos.
O processo vai agora seguir para tutela, com a decisão final a caber ao Secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches. A decisão deverá ser tomada até ao final do ano, pois a lei obriga a que os planos de trabalhos das concessões de petróleo e de gás para o ano seguinte estejam fechados até 31 de dezembro.
É possível que haja petróleo e gás no mar português, mas resta saber se existe em quantidade suficiente para ser explorado comercialmente, e é isto que tanto a Galp, como a Repsol, querem saber. Os furos previstos são apenas de pesquisa e vão avaliar se existem hidrocarbonetos debaixo do mar.
O Governo vai analisar os argumentos das petrolíferas e decidir se faz uma adenta, ou não, aos contratos de concessão para permitir um furo fora das datas estipuladas.