Galp assina Manifesto que define ações para acelerar adoção e crescimento do Hidrogénio Verde na Europa
A Galp torna-se um dos mais de 80 signatários do Manifesto pelo Hidrogénio Verde, que define um conjunto de 12 ações que os decisores políticos nacionais e europeus devem tomar se quiserem que a Europa continue na vanguarda do desenvolvimento de projetos de produção de hidrogénio a partir de fontes de energia renovável e da sua utilização.
De acordo com uma nota partilhada pela Galp, o Manifesto foi apresentado no “Green Hydrogen Forum do Smarter E Europe 2021 Restart”, o grande certame do setor da Energia europeu, que decorre até esta sexta-feira, em Munique. Os promotores são a Hydrogen Europe, a Associação Alemã do Hidrogénio (DWV), a The Smarter E, e o Fórum Europeu dos Eletrolisadores e Células de Combustível (EFCF).
Entre as medidas defendidas pelos signatários incluem-se regras que permitam “avaliar e comparar os diversos tipos de hidrogénio em função das suas emissões de CO2 ou da sua origem geográfica, critérios de sustentabilidade e a sua certificação”, lê-se na mesma nota.
Em termos de estímulos, acrescenta a Galp, o manifesto pede “apoios que reduzam os custos para os consumidores finais e que facilitem os investimentos na conversão de aparelhos industriais”. Já em termos de mercado, “a implantação do hidrogénio verde requer a adoção de regulamentação específica, modalidades equilibradas de definição de preços de mercado ou o apoio à criação de redes de distribuição nacionais”, destaca a empresa.
Na mesma nota, a Galp lembra a ambição de implementar na refinaria de Sines um parque de energia verde capaz de atrair indústrias para as quais o acesso a fontes de energia limpas e diversificadas seja um fator decisivo de competitividade, tirando partido da abundância de fontes de energia renováveis em Portugal, nomeadamente a energia eólica e fotovoltaica. A peça central deste projeto, segundo a Galp, é a instalação gradual de capacidade de eletrólise ao longo dos próximos anos, que deverá atingir 100 MW em 2025 e entre 600 MW e 1 GW em 2030. Para a empresa, o hidrogénio verde será fundamental para a descarbonização do processo de refinação e de setores como a indústria e o transporte pesado rodoviário, mas também para alimentar novas cadeias de produção de combustíveis sintéticos limpos, nomeadamente na aviação e marinha.