A Galp, o maior produtor e utilizador de hidrogénio em Portugal, aderiu ao Hydrogen Council, uma associação de grandes empresas e instituições mundiais que visa promover o desenvolvimento do hidrogénio enquanto solução mais competitiva para a descarbonização de inúmeros setores.
A adesão a esta organização ocorreu em simultâneo com a de outros 22 membros que, no total, elevam o número atual de associados para 81, incluindo grandes empresas de energia, transportes, indústria e, de hoje em diante, também do setor financeiro, que partilham uma visão comum sobre o papel do hidrogénio na transição energética.
A Galp produz anualmente cerca de 120 mil toneladas de hidrogénio que é utilizado no processo produtivo do seu sistema refinador. Encontra-se igualmente envolvida no lançamento do primeiro posto de abastecimento de hidrogénio em Portugal, que deverá abrir ainda este ano para abastecer uma frota de autocarros.
A mais longo prazo, a Galp está a avaliar outros projetos de larga escala, nomeadamente parcerias relacionadas com a produção de hidrogénio verde a partir de energias renováveis e a sua associação à descarbonização de processos industriais e à mobilidade, ou para injeção em redes de gás natural. Estes projetos encontram-se abrangidos pelo objetivo estratégico assumido pela Galp de alocar cerca de 40% do seu investimento anual líquido a oportunidades relacionadas com a transição energética e em projetos que contribuam para a redução global de emissões de CO2.
Hydrogen Council
O Hydrogen Council (HC) é uma organização que se articula ao nível dos CEO e que utiliza o seu alcance global para promover a colaboração entre governos, indústrias e investidores, assim como para delinear estratégias que permitam acelerar a implementação de soluções suportadas no hidrogénio por todo o mundo.
O HC assume-se como um mercado empresarial, promovendo uma economia do hidrogénio e uma nova perceção sobre a importância do papel do hidrogénio a nível global. O HC serve ainda como um repositório de standards de segurança e como um interlocutor para a comunidade financeira. Esta aliança de 81 membros inclui grandes multinacionais, PMEs inovadoras e investidores representa um volume combinado de 18,3 biliões de euros em receitas e cerca de 6 milhões de postos de trabalho.