G7 quer fazer cortes profundos no uso de combustíveis fósseis até 2100
Os países do G7 anunciaram ontem na Alemanha o seu apoio a uma "descarbonização da economia mundial" até ao fim deste século, avançou o jornal Público. Este anúncio implica cortes profundos, ou mesmo totais, no uso de combustíveis fósseis, diminuindo gradualmente a sua utilização. Esta posição revela "um passo novo das economias mais avançadas no mundo na luta contra o aquecimento global", dá conta o Público. O G7 defende uma meta de 70% de redução nas emissões globais de gases com efeito de estufa até 2050, a ser partilhada por todos os países signatários da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, o que deverá ajudar a reduzir a temperatura média no planeta, desacelerando as alterações climáticas, em particular o degelo. Este é o limite superior das recomendações do IPCC – o painel científico da ONU para o clima – para que o termómetro global não aumente mais do que 2ºC até ao final do século. Segundo o IPCC, as emissões devem baixar de 40% a 70% até 2050 e chegar a zero em 2100. A principal resistência veio do Japão e do Canadá que defendem que estas metas podem ser limitadoras da exploração das reservas de areias betuminosas canadianas ou colocar sérias dificuldades à política energética japonesa, que se viu privada das suas centrais nucleares depois do acidente nuclear de Fukushima.