Futuro da Antártida debatido no Chile com foco nas alterações climáticas
A 39ª reunião consultiva do Tratado Antártico, entidade que procura ajustar as regras de cooperação internacional no Continente Branco, começou esta segunda-feira, dia 23 de maio, em Santiago do Chile, com as alterações climáticas, o turismo e a exploração científica no centro da agenda.
No 25º aniversário do protocolo sobre a preservação do meio ambiente assinado em Madrid, representantes de mais de 50 países vão elaborar propostas e adotar resoluções para coordenar a administração de recursos e conservação da Antártida.
“O que vai marcar essa reunião é a dimensão ambiental, o desafio crescente das alterações climáticas”, afirmou o chanceler chileno, Heraldo Muñoz, em conferência de imprensa, antes da abertura do evento. Muñoz sublinhou que a dimensão ambiental irá somar-se ao debate sobre os protocolos de cooperação científica. Nesse sentido, afirmou que é essencial que os países interessados em explorar o Continente Branco utilizem as bases já existentes, evitando, assim, aumentar a poluição com a construção de novas instalações.
Também foram discutidas fórmulas para administrar o turismo antártico. “Há um patrimônio que precisa de ser cuidado, porque há um crescente turismo antártico, a quantidade de turistas (…) multiplicou-se, trazendo a necessidade de aumentar o controlo”, disse Muñoz.
Estabelecido em Washington (EUA) em 1959 por 12 Estados, o Tratado Antártico permite um modelo único de administração desse território.