A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) tem vindo a receber das suas associadas, ao longo dos últimos meses, sobretudo nas últimas semanas, informações sobre uma vaga de furtos de postos de transformação de eletricidade em propriedades situadas especialmente nas regiões do Ribatejo e do Alentejo. Os roubos têm como objetivo a retirada de cobre existente nestes equipamentos para posterior revenda. Feita a estimativa, neste período, os prejuízos ascendem a mais de um milhão de euros.
Os postos de transformação, que servem os sistemas de rega das explorações agrícolas e que são essenciais para o fornecimento de energia às habitações que se localizam nestas propriedades, ficam inutilizados, “obrigando a que os custos de reparação tenham de ser totalmente suportados pelos agricultores, o que resulta em graves prejuízos para a sua atividade”, pode ler-se no comunicado enviado à imprensa. Devido à enorme frequência destes furtos, as companhias de seguros não aceitam segurar os postos de transformação, incorrendo os agricultores, por conseguinte, em caso de roubo, numa perda total do valor investido. De referir que, para além deste prejuízo, há ainda que ter em consideração as avultadas perdas que decorrem da impossibilidade de rega das culturas enquanto o equipamento não é substituído.
Para a resolução deste problema, a CAP exige uma ação do Estado, com o aumento da vigilância e da presença das forças de segurança no Mundo Rural, com o reforço da fiscalização junto de recetores, e com o agravamento da moldura penal para estes crimes.