Furacão Irma: autoridades baixam classificação para ‘tempestade tropical’
O Irma perdeu hoje intensidade ao atravessar o estado norte-americano da Florida, perdendo a designação de furacão e passando a ser classificado como “tempestade tropical”, uma condição que ainda acarreta perigos, refere a agência Lusa.
A passagem do Irma, embora enfraquecido, continua a deixar em alerta as autoridades da Florida, onde já começaram a registar-se os primeiros casos de pilhagens e onde quase 4,5 milhões de casas e empresas estão sem eletricidade.
Na noite de domingo, a polícia da cidade de Miami deteve duas pessoas e colocou outras duas sob custódia devido a incidentes relacionados com roubos.
A polícia tinha imposto um recolher obrigatório na noite de domingo para evitar as pilhagens, já que dava motivo aos agentes para interpelar qualquer pessoa que estivesse na rua durante a passagem da tempestade.
A situação das pilhagens pode piorar devido às falhas de eletricidade. Os responsáveis dos serviços de emergência das empresas distribuidoras de eletricidade dizem que poderá levar semanas até que todas as pessoas voltem a ter luz.
As empresas estimam que cerca de 4,5 milhões de casas e empresas em todo o estado da Florida estejam sem eletricidade neste momento devido à passagem do Irma. Mais a Norte, mais de 100 mil pessoas também estão às escuras no estado da Georgia.
O furacão Irma prosseguiu hoje de manhã o seu trajeto pelo território continental dos Estados Unidos, pelo estado da Florida, mas projetando rajadas de vento e chuva para a Georgia. Os ventos e as cheias estão a criar perigos mesmo para as equipas de emergência que tentam ajudar os residentes.
No Condado de Polk, a Leste de Tampa, os ventos derrubaram um poste e as linhas de eletricidade e telefones sobre um carro do xerife local, na noite de domingo. Um dos adjuntos e um paramédico estiveram encerrados no carro até que uma equipa de emergência os conseguiu libertar, sem ferimentos.
Na manhã de hoje, mais de 120 casas foram evacuadas no Condado de Orange, nos arredores de Orlando, devido às cheias. O departamento de bombeiros e a Guarda Nacional estão a ir de porta em porta e a usar botes para levar as pessoas até um local seguro, informaram as autoridades do condado. A poucos quilómetros de distância, 30 outros foram retirados de um edifício de apartamentos quando um buraco de vários metros de profundidade se abriu por debaixo do edifício.
Na manhã de hoje, o Irma registava ventos de 120 quilómetros por hora, muito abaixo dos 260 quilómetros por hora que chegou a ter. Mais de 200 mil pessoas continuam refugiados em abrigos um pouco por toda a Florida.
Até ao momento, não há mortes na Florida diretamente ligadas ao Irma. Nas Caraíbas, pelo menos 24 pessoas morreram devido à sua passagem.