O Portuguese Forest Fund já foi aprovado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e tem como objetivo ambicioso atingir os “100 milhões de euros de investimento na Floresta Portuguesa”, pode ler-se numa nota enviada à imprensa.
Esta é uma iniciativa privada de criação de um fundo de investimento de longo prazo no setor florestal e resulta da conjugação de esforços entre a CMVM, como entidade de supervisão, a Lynx Asset Managers, sociedade gestora de fundos de investimento, a Smart Forest, empresa promotora vocacionada para a gestão florestal e a Crowe, especialista na área da consultoria financeira.
Durante mais de dois anos foi desenvolvido um trabalhado conjunto entre as quatro entidades que culminou, a 18 de outubro, com a autorização para a constituição de um fundo de investimento alternativo especializado, focado na gestão profissional das áreas florestais e na rentabilização e aproveitamento dos recursos endógenos.
Com a meta de 100 milhões de euros de investimento a longo prazo, maioritariamente orientado para a instalação e gestão de 50 mil hectares de povoamentos de espécies de crescimento lento e autóctones, os gestores têm por missão, reunir capitais e valorizar um recurso estratégico para o País. O prazo de duração do Portuguese Forest Fund é de 20 anos, podendo ser prolongado até aos 40 anos.
À semelhança do que sucede no Norte da Europa e nos Estados Unidos, a criação de um fundo florestal em Portugal surge, no contexto atual, como “resposta às necessidades emergentes de combate às alterações climáticas, de reordenamento e valorização do património florestal nacional, de recuperação e preservação de ecossistemas florestais, de promoção da biodiversidade, da redução do risco de incêndio, de dinamização do mundo rural e, ainda, a necessidade de recuperação do ciclo hidrológico”, refere o mesmo comunicado.
O elevado potencial de valorização da floresta nacional coloca-a, agora, no radar dos investidores e gestores profissionais de ativos financeiros.