A Fundação We Are Water assinala o Dia Mundial do Saneamento, no próximo dia 19 de novembro, quinta-feira. às 18h30, no Roca Lisboa Gallery, onde será realizada uma mesa redonda intitulada “Saneamento básico nos centros urbanos. Um problema resolvido?”.
O moderador desta sessão, que pretende aprofundar questões relacionadas com a gestão do saneamento na malha urbana, será Adérito Mendes, especialista em Hidráulica e Recursos Hídricos.
O painel de oradores contará com a presença de Artur Silva, em representação da Fundação We Are Water, José António Martins. diretor de Operações de Saneamento da Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL), Tiago Mota Saraiva, arquiteto do AtelierMob, e José Gonçalves. presidente do Conselho de Administração do Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Almada.
José António Martins, focar-se-á na preocupação dos gestores na gestão eficiente dos sistemas e uma melhor utilização dos recursos. Tiago Mota Saraiva abordará as condições precárias de um bairro situado em Almada, debruçando-se sobre as questões de higiene e saneamento com que os habitantes se deparam, fazendo uma integração no seu projeto “Cozinha Comunitária das Terras da Costa”. Esta iniciativa do arquiteto já proporcionou condições básicas através da construção de uma cozinha comunitária, um espaço partilhado por todos e gerido pelos moradores. Por sua vez, José Gonçalves, responsável pelo saneamento de Almada e parte do concelho do Seixal, fará um breve esclarecimento breve sobre o trabalho do SMAS ao longo dos seus 65 anos de existência, dando destaque a questões como a sensibilização ambiental e de saúde; o uso adequado pelo cidadão das infraestruturas; a responsabilidade das entidades gestoras de água e saneamento; e o compromisso do SMAS de Almada.
Com a finalidade de dar voz a esta problemática, que afeta JÁ milhares de pessoas tanto a nível global como local, a Fundação We Are Water pretende, com esta mesa redonda, “juntar personalidades de destaque nesta área, de forma a encontrar soluções efetivas para que as instituições públicas, entidades e empresas permitam o acesso a saneamento básico, um direito que deveria ser de todos”, explica em comunicado.
Note-se que, de acordo com os dados estatísticos, atualmente existem 2,400 milhões de pessoas no mundo sem acesso a saneamento básico, um número bastante elevado que resulta em cerca de 842,000 mortes que poderiam ser evitadas com estruturas de saneamento e higiene adequadas. A cada dia 1,000 crianças com menos de 5 anos de idade morrem com doenças diarreicas, devido à falta de saneamento básico e acesso a água potável.
A falta de acesso a saneamento adequado custa nos países mais pobres perto de 260 biliões de dólares, o que equivale a 15 vezes o PIB dos Estados Unidos. Ainda existem 946 milhões de pessoas que praticam a defecação a céu aberto, um nível quase equivalente à população total do continente africano 1,100 milhões).