A vaga de frio que chegou a Portugal nos últimos dias vai continuar pelo menos até amanhã, refere o Jornal i. De acordo com a informação disponibilizada no site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), cinco distritos do Continente vão registar temperaturas mínimas negativas.
Em Braga, os termómetros vão descer hoje até -1 oC e -3 oC amanhã. Um cenário semelhante é esperado nos distritos de Bragança (-2 oC e -5 oC), Guarda (-2 oC e -1 oC), Leiria (- 1 oC nos dois dias) e Vila Real (0 oC e -2 oC). Lisboa vai registar temperaturas mínimas de 7 oC e 6 oC; o Porto, 3 oC e 1 oC; e Faro, 5 oC nos dois dias. Em Beja, os termómetros irão marcar 2 oC e 1 oC; em Castelo Branco, 3 oC nos dois dias; em Coimbra, 2 oC nos dois dias; em Évora, 2 oC e 1 oC; em Portalegre, 4 oC e 5 oC; em Santarém, 2 oC nos dois dias; em Viana do Castelo, 2 oC e 1 oC; e em Viseu 0 oC.
Nas ilhas são esperadas temperaturas mais elevadas: em Angra do Heroísmo, as temperaturas mínimas serão de 15 oC e 16 oC; no Funchal, 14 oC nos dois dias; e em Ponta Delgada, 15 oC e 16 oC.
Recorde-se que, segundo dados do IPMA divulgados pelo “Correio da Manhã”, foram registados valores negativos em 86% das estações deste instituto na passada quinta-feira, dia 19. Sabugal chegou aos -9,9 oC, Coruche aos -8,6 oC, Tomar aos -7,9 oC, Alcobaça e Aljezur aos -6,7 oC e Alcácer do Sal aos -6,2 oC.
A organização não governamental dedicada à proteção do ambiente Zero revelou no seu site que com esta vaga de frio houve também um pico de poluição do ar, devido ao uso de lareiras para aquecer as habitações. De acordo com esta associação, este pico foi registado entre “o entardecer e as 03h00 e 04h00, em particular nas zonas Centro e Norte”.
“As concentrações de partículas inaláveis (PM10) têm atingido valores muito elevados, verificando-se mesmo em alguns dias a ultrapassagem do limite diário legislado em alguns locais”, revela esta organização, que alerta também para o registo de valores elevados de partículas finas no ar. A Zero explica que a combustão de biomassa à escala doméstica é responsável por “cerca de um terço do total de emissões de partículas finas na União Europeia”.
Quanto a Portugal, dados recolhidos em 2011 pela Direção-Geral de Energia e Geologia mostram que 34% das habitações usam combustíveis sólidos como forma de aquecimento.