Amalio de Marichalar, presidente do Fórum Mundial do Ambiente 21, interveio em Freiburg, na Alemanha, na sede da Fundação Europeia do Ambiente, instituição da qual é membro do Conselho, para prestar uma homenagem a Maurice Strong, uma individualidade de referência mundial na temática do desenvolvimento sustentável e provavelmente a que mais influenciou os governos e a sociedade civil, destacando as suas iniciativas em prol da sustentabilidade e da necessidade de criar um plano de ação.
Amalio de Marichalar relembrou algumas palavras de Maurice Strong: “somos a primeira geração que tem a responsabilidade pelo nosso próprio futuro. O que fazemos vai determinar o futuro da vida e da Terra. Para isso, é necessário a colaboração sem precedentes entre as nações, mas não podermos ser homogéneos na nossa cultura ou no nosso estilo de vida. Devemos aprender com a natureza, onde os sistemas ecológicos mais saudáveis, sustentáveis e naturais são aqueles que mantêm a diversidade e variedade. Este facto não é apenas técnico. A ação é motivada pela própria vida e pelos valores espirituais, morais e éticos. Os acordos globais serão eficazes quando se incutirem nas próprias pessoas estes valores, que são uma parte essencial para a vida”.
Amalio de Marichalar acrescentou que “é, portanto, a cultura, o melhor património moral da sociedade e o pilar do desenvolvimento sustentável, sendo o elemento principal para dar o impulso e tornar possível os acordos propostos”. Relembra que já foi dado um importante primeiro passo na 21ª Cimeira do Clima – COP21 – que se realizou em dezembro, em Paris”, evento em que o Fórum Mundial do Ambiente 21 participou e conseguiu um forte compromisso, poucos dias após a morte de Maurice Strong, marco que pode ser considerado como o melhor tributo ao trabalho do responsável.
Destacou ainda os progressos do Fórum Mundial do Ambiente 21, Lisboa e Porto, para promover os projetos que, também graças a Maurice Strong, se desenvolveram em Soria, com a colaboração de Portugal, para criar a Agência para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e proclamar Numância enquanto Património da Humanidade pela Unesco como um símbolo de progresso e unidade entre a cultura e a sustentabilidade e de uma educação com valores que fazem impulsionar o plano de ação para alcançar o desenvolvimento inteligente.
Amalio de Marichalar pediu a Fundação Europeia do Ambiente o apoio da Alemanha para tornar Numância um símbolo de progresso para o desenvolvimento sustentável como um novo paradigma que é necessário na sociedade.