Fórum Energia e Clima: “Portugal pode e deve ir mais longe e mais rápido na penetração de renováveis”
No dia dedicado às alterações climáticas e à transição energética na COP27 (Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas), o Fórum Energia e Clima alerta, num comunicado, para a importância da transição energética e a crescente produção de energias renováveis em Portugal.
Nesta que já vai na segunda semana da COP27, o Fórum Energia e Clima dá nota que serão abordados temas relativos à eficiência e transição energética, energias renováveis, redes inteligentes e o hidrogénio verde como potencial para o futuro.
“A segurança energética não se resolve com mais energia nuclear ou fósseis. Portugal está comprometido com a utilização de energias renováveis na ordem dos 80% para produção de eletricidade até 2030, refere Ricardo Campos, presidente do Fórum Energia e Clima, considerando que “o país pode e deve ir mais longe e mais rápido, subindo a fasquia para os 100%: somos um dos países mais competitivos na energia solar, temos uma excelente penetração de renováveis, especialmente na energia eólica, e temos ainda barragens que podem funcionar como pilhas hidráulicas”.
De acordo com o Fórum Energia e Clima, na comunidade CPLP, em especial nos países africanos de língua portuguesa, há um movimento extraordinário para a transição energética. A título de exemplo, o presidente di Fórum Energia e Clima lembra que “o Presidente João Lourenço inaugurou este ano, em Angola, dois centros electroprodutores e quer ainda atingir a meta da produção de energia renovável em 75% até 2035”. Também, “Cabo Verde, com o apoio do Luxemburgo, construiu um Centro de Energias Renováveis e já produz 20% de energias renováveis”, destaca o responsável, dando nota que “o Brasil, de regresso ao multilateralismo, com uma extensão de costa na ordem dos 8000 km, tem capacidades extraordinárias para a produção de energia eólica”. E, finalmente, “a Funae, em Moçambique, está a investir em centros de produção descentralizados um pouco por todo o país, em detrimento da utilização de carvão como fonte de energia”, precisa.
A COP27 está a decorrer em Sharm-el-Sheikh, no Egito, até ao dia 18 de novembro.