A grande maioria dos proprietários de terrenos em Portugal não está a assegurar a limpeza dos mesmos em Portugal. De acordo com o inquérito da Fixando realizado a 600 profissionais, cerca de 58% afirmou ainda não ter limpo os seus terrenos, enquanto 46% assume ainda não o ter feito por falta de rendimentos.
Num questionário partilhado com os proprietários inscritos na Fixando na categoria de limpeza de terrenos, 77% afirma que, em 2020, devido ao surto Covid-19, estão a sentir uma quebra da procura, sendo que 44% indica que essa quebra ascende a 80% nos seus rendimentos.
“É essencial assegurar a limpeza, pois devemos evitar juntar a uma crise Covid, uma catástrofe de incêndios nunca antes vista em Portugal”, alerta um profissional.
A maioria dos profissionais atentam para o facto de serem muito poucos os pequenos e médios trabalhos de corte de ervas e mato denso, sobretudo por incerteza e receio provocado pela Covid-19 no país.
“É uma situação que nos dificulta a progressão de vida e investimento em equipamentos e mais recursos no serviço, não facilitando a correta manutenção e prevenção de incêndios florestais”, adianta um outro profissional.
Em geral, os responsáveis dizem que, para lá das limitações financeiras dos proprietários, há uma excessiva penalização legal exercida pelas autoridades – juntas de freguesia e câmaras municipais – que acabam por multar os proprietários para ganharem a dobrar com as multas aplicadas, acabando eles próprios por executar a limpeza, nem sempre facilitando a saudável concorrência de pequenos e médios profissionais.