A FioBlu é a mais recente plataforma digital de venda de produtos e soluções de construção e decoração sustentáveis que permitem melhorar a eficiência construtiva e energética dos espaços, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de edifícios mais saudáveis. Desenvolvida pelo Grupo Casais, o nome desta plataforma faz alusão à fita azul normalmente utilizada pelos profissionais do setor da construção para garantir alinhamentos perfeitos.
Em entrevista à Ambiente Magazine, Cristina Maia, gestora de ecommerce do Grupo Casais, refere que o objetivo desta plataforma é “tornar acessível a todos”, desde profissionais do setor – como “pequenos empreiteiros, engenheiros, arquitetos e decoradores de interiores” – até particulares, um “conjunto de soluções construtivas e decorativas de fácil aplicabilidade e design apelativo”, todas elas projetadas para promover a eficiência e a sustentabilidade: “Não se trata apenas de mais uma loja online generalista de venda de materiais de construção, mas de uma plataforma onde os clientes encontram soluções construtivas e energéticas, customizáveis e sustentáveis que permitem a criação de edifícios mais inteligentes e saudáveis”. A título ilustrativo, esta plataforma equipara-se a uma “caixa de peças de Lego, com componentes que podem ser ‘montados’ e adaptados consoante as necessidades”, tornando, assim, todo o processo mais “ágil e eficiente”, a todos os níveis, exemplifica.
Sendo já reconhecido que o setor da construção está entre os mais “poluentes” e com um elevado nível de “desperdício”, Cristina Maia refere que o Grupo Casais tem procurado esta na “linha da frente” na mitigação de tais efeitos e, consequentemente, no desenvolvimento de uma “construção responsável”, colocando a “engenharia”, a “inovação”, e o “know-how e experiência” ao serviço de um mundo melhor: “O setor da construção pode e deve acompanhar os esforços globais traduzidos na Agenda 2030 e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável preconizados pela Organização das Nações Unidas, e é esse caminho que temos vindo a trilhar, no Grupo, nos últimos anos”.
Com base nesta premissa, o Grupo quis desenvolver uma plataforma que fosse capaz de oferecer um “conjunto alargado de soluções”, que vão desde “sistemas de monitorização da qualidade do ar, painéis solares e baterias inteligentes”, até ao “mobiliário infantil e de escritório”. O Atmocube é um bom exemplo: “Trata-se de um dispositivo de monitorização de qualidade do ar criado pela Casais e pela tecnológica Atmo®, que permite monitorizar os principais poluentes do ar, indicando o nível de conforto dentro dos edifícios. Pode ser aplicado em habitações, escritórios, restaurantes, hotéis, escolas, espaços comerciais e hospitais para analisar indicadores como pólen, ácaros ou bolores, compostos orgânicos voláteis, CO2, pressão atmosférica, humidade, temperatura, luminosidade e níveis de ruído”. Já para quem procura uma “poupança real de energia”, destacam-se os “kits Ampere Energy: um sistema ALL IN ONE (painéis solares, bateria inteligente) que permite alcançar uma poupança na fatura de até 60%”, explica. Dentro desta plataforma, destaque para “soluções construtivas modulares”, como o sistema “Cree” (“como lajes e fachadas”) e “Blufab” (“soluções para paredes interiores infraestruturadas”), que, através da “junção de componentes individuais pré-fabricados e padronizados”, permitem a “montagem rápida dos módulos no local de obra, com menores custos, menor tempo de obra on-site e mínimo impacto ambiental”, acrescenta. Ao nível do mobiliário, a plataforma conta também com várias soluções como o “mobiliário infantil Carpin 4 Kids, um conjunto de estante, secretária, cadeira e mesa de trabalho em grupo, pensado para fomentar a criatividade e conforto na sala de aula ou mesmo em casa”. Feito a partir de um derivado de “madeira -Valchromat”, este produto mobiliário, não tóxico, conta com elementos que privilegiam a “ergonomia e a adaptabilidade”, sucinta.
Enquanto contributo para uma construção e decoração sustentável, as soluções da FioBlu são o resultado de um “grande investimento em I&D para promover a eficiência e a sustentabilidade”, tendo sido pensadas com base num “design circular”, para um “maior tempo de vida”, que possam ser “reutilizadas ou recicladas no final da sua vida útil” e que tenham “fácil manutenção”. Vocacionadas para uma “construção industrial e modular”, Cristina Maia assegura que as “soluções construtivas, com componentes pré-fabricados e padronizados, reduzem significativamente o desperdício e o impacto ambiental”. Ao mesmo tempo, a “oferta de sistemas de monitorização do ar e kits de energia” contribuem para a “eficiência dos edifícios” e para um “ambiente mais saudável” para todos: “E com poupanças reais para os seus utilizadores”, exemplifica. No caso dos materiais utilizados no mobiliário, o foco é sempre a sustentabilidade: “Exemplo disso é o Valchromat, um derivado de madeira made in Portugal, proveniente de florestas geridas de forma sustentável”.
Portugal é, para já, o primeiro país onde a FioBlu está disponível, mas, em breve, chegará a Espanha: “O nosso objetivo com o lançamento desta plataforma é tornar acessível com conjunto de soluções inovadoras e sustentáveis a um conjunto alargado de players do mercado, que não apenas grandes operadores, mas também profissionais como arquitetos, designers de interiores, e até mesmo a particulares”.
[blockquote style=”2″]Estamos a ajudar a construir o futuro das cidades, mais verdes, mais sustentáveis, mais inteligentes[/blockquote]
O Grupo Casais escolheu, na última década, trilhar o caminho rumo ao paradigma da construção industrial sustentável, mas tal só é possível quando essa for a visão partilhada por todos: “Por isso, e uma vez que estamos a liderar este movimento, consideramos que é nossa missão “democratizar” o acesso a soluções que melhorem, a eficiência construtiva e energética dos espaços, e, assim, promovam o desenvolvimento de edifícios mais saudáveis”. Nesse sentido, e por esta ser uma “plataforma digital de venda altamente diferenciada”, a responsável acredita que o Grupo será um “motor da mudança” nesta indústria.
Ao nível de outros projetos, Cristina Maia refere que, no âmbito das “Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial do Plano de Recuperação e Resiliência”, a Casais está a liderar o projeto “CSI4Future”, um consórcio composto por mais de duas dezenas de entidades (além de empresas, integra polos de investigação e desenvolvimento do ensino superior) que está investir cerca de 40 milhões de euros no incremento de práticas sustentáveis e na melhoria da eficiência energética dos edifícios. Entre as diversas iniciativas deste projeto, conta-se, por exemplo, a “construção de mais uma fábrica BluFab (a primeira nasceu em 2019) mesmo ao lado da sede da Casais, em Braga, também vocacionada para a produção de infraestruturas para montar em obras (construção off-site) – que permitem a montagem rápida dos módulos no local de obra, com menores custos, menor tempo de obra on-site e mínimo impacto ambiental”. No horizonte do Grupo está, pois, a “contínua aposta e investimento na digitalização e na procura de novos caminhos para garantir a eficiência e sustentabilidade não só dos edifícios, mas dos próprios procedimentos do setor: estamos a ajudar a construir o futuro das cidades, mais verdes, mais sustentáveis, mais inteligentes”, remata.