O presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, estimou hoje um reforço de 177 mil milhões de euros no investimento anual entre 2021 e 2030 no pacote de energia limpa, realçando que este esforço tem que envolver públicos e privados. “Cada euro investido na redução das emissões gera um retorno substancial, tanto como motor da economia como na redução de possíveis desastres ambientais. Por isso, temos que incentivar mais investimento público e privado em eficiência energética e em energias renováveis”, afirmou Antonio Tajani, na conferência sobre o novo pacote da união energética, a decorrer no hemiciclo do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
De acordo com o responsável, citado pela Lusa, a estimativa aponta para um investimento anual adicional de 177 mil milhões de euros entre 2021 e 2030 na transação para reduzir as emissões poluentes, aumentar a eficiência energética e as fontes de energia renováveis, elevando a fatura anual para cerca de 380 mil milhões de euros.
“Temos que dar às empresas e aos operadores um quadro regulamentar estável que garanta a segurança jurídica dos investimentos que produzem resultados apenas a longo prazo”, declarou o presidente do Parlamento Europeu, referindo que é importante que as empresas “saibam com clareza as regras do jogo para poderem investir”.
“As empresas europeias estão disponíveis para dar luta”, declarou, realçando que o pacote de políticas para a transição energética, quando no terreno, permitirá criar 900 mil novos empregos no setor da energia.
A par com o esforço privado, Tajani realça que “o orçamento comunitário deve contar com objetivos políticos genuínos para aumentar o orçamento dedicado às renováveis”. “É preciso deitar as mãos à obra. Para o Parlamento Europeu um orçamento político com objetivos políticos é uma prioridade. Temos que financiar rapidamente projetos de interesse comum”, declarou, referindo que “o desafio da revolução energética representa uma oportunidade de crescimento económico e de emprego”.
Assim, o presidente do Parlamento Europeu desafiou os Estados-membros a trabalharem juntos em “diferentes frentes, dando, por um lado, aos operadores regras claras e previsíveis e, por outro lado, explorando todas as sinergias possíveis entre recursos públicos para maximizar o investimento privado”.