A assinalar o Dia Mundial da Água, que se realizou ontem, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina congratulou-se pelo retomar do diálogo e da confiança na reforma dos serviços públicos da água, salientando a importância do setor e o envolvimento dos municípios nas discussões das políticas publicas da água, não deixando de lançar duras criticas à gestão do governo anterior.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que falava no LNEC, na manhã de ontem, afirmou que o setor da água “é um dos grandes êxitos do pais, em contraposição, por exemplo, ao setor do transporte público, e que proporciona uma cobertura de água à população do país que apresenta um dos melhores indicadores nacionais e europeus”.
Fernando Medina salientou também o seu desagrado e desacordo relativamente ao processo político promovido pelo anterior governo que conduziu a reforma dos setor das águas e do saneamento, que “falhou todos os objetivos”. Um modelo “marcado por um profundo conflito institucional, feito contra os agentes e parceiros do sector”, disse Fernando Medina, acrescentando que “esta reforma conduzida pelo governo anterior foi um desperdício e um retrocesso”. No elencar dos fracassos do modelo da reforma anterior, Fernando Medina referiu o falhanço da melhoria dos indicadores de serviço, o falhanço da sustentabilidade dos municípios e da sustentabilidade financeira da empresa Águas de Portugal.
A finalizar, o presidente da Câmara elogiou o trabalho desenvolvido pelo atual ministro naquilo que tem sido uma postura de diálogo constante com os municípios e a reposição da reforma do setor, mantendo a titularidade pública do sistema de águas, salientando o grande significado do alargamento das bases de entendimento da reforma do sector. “Melhor capacidade de serviço e melhor eficiência, maior investimento. Este é um dia que muito importante para este setor”, conclui.
João Pedro Marques Martins, Ministro do Ambiente, referiu alguns dos desafios que o setor enfrenta ao nível da sua sustentabilidade, colocando a tónica na gestão, salientando o papel determinante das autarquias nessa gestão dos recursos hídricos nacionais.