Segundo informação do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da (SEPNA) GNR, os resultados da necropsia e da análise forense efectuadas pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa revelam que a fêmea morreu "por envenenamento", refere o ICNF, numa nota publicada no seu sítio de Internet. Os resultados foram entregues aos serviços do Ministério Público, em Beja, que "decidirá o seguimento a dar ao caso", informa o ICNF, que já se disponibilizou para "apoiar com o que seja considerado pertinente". No seguimento dos resultados da necropsia e da análise forense, e tal como previsto no Plano de Accão para a Conservação do Lince-ibérico em Portugal (PACLIP), "uma brigada cinotécnica trabalhará periodicamente" para "detecção e controlo de venenos" na zona do Parque Natural do Guadiana, em Mértola, onde foram libertados os linces ibéricos reintroduzidos em Portugal, indica o ICNF. O ICNF refere que, em conjunto com o SEPNA, "continuará a desenvolver todos os esforços necessários à minimização de riscos de morte", como o que vitimou a fêmea Kayakweru ou por utilização de laços ou outras armadilhas que "possam ameaçar a boa reintrodução" da espécie. "Este trabalho será cumulativo com o trabalho da equipa de campo do ICNF, a qual "continuará a monitorizar em permanência", presencialmente e através dos sistemas de detecção à distância, os exemplares já reintroduzidos, explica. A fémea Kayakweru, que nasceu em 2013, no Centro Nacional de Reprodução de Lince Ibérico, em Silves, no Algarve, estava radio-marcada e foi reintroduzida no dia 7 de Fevereiro deste ano e libertada na natureza no dia 25 do mesmo mês na zona do Parque Natural do Guadiana, em Mértola, onde estão outros cinco exemplares da espécie reintroduzidos e libertados no âmbito PACLIP. Kayakweru, que encontrava-se sob vigilância e apresentava comportamentos normais para a espécie, foi encontrada morta pela equipa de campo do ICNF no passado dia 12 de Março, numa zona florestal, no âmbito da monitorização dos animais reintroduzidos.
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