A FAABA – Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo, enviou ao Ministro da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural, uma carta, alertando para a necessidade de implementação de medidas imediatas, de modo a contrariar os impactos negativos da seca prolongada que se está a fazer sentir por todo o Alentejo.
“Os prejuízos ao nível das culturas de sequeiro, como os cereais, as oleaginosas, as pastagens e forragens e ao esgotamento das reservas hídricas, quer para abeberamento dos efectivos pecuários, quer para o regadio, são visíveis e muito preocupantes”, explica Rui Manuel Inácio Garrido, presidente da FAABA, em nota enviada à comunicação social.
A FAABA reclama a tomada de medidas urgentes que visem minimizar estes efeitos: a criação e flexibilização das medidas de apoio para abeberamento dos animais (furos, charcas, aquisição de cisternas, instalação de bombagens), simplificando os procedimentos burocráticos exigidos para estes licenciamentos e considerar a elegibilidade das despesas com retroactividade a junho de 2017; permissão para pastorear, de imediato, pousios e superfícies de interesse ecológico; a antecipação dos pagamentos aos agricultores no âmbito da PAC, como forma de acudir à tesouraria das explorações.
No âmbito do regadio, “e independentemente das medidas que vierem a ser adoptadas, há um assunto que, pela sua gravidade, merece actuação urgente”, diz o presidente. Trata-se do programa de transferências de água da Albufeira de Alqueva/Alvito para Odivelas que foi acordado entre a EDIA e a ABORO para 2017 e, frisa, “não está a ser cumprido.
O responsável acrescenta ainda que “esta situação é preocupante, uma vez que põe em causa o fornecimento de água pela Associação de Beneficiários da Obra de Rega de Odivelas, nos próximos meses de julho e agosto, afectando cerca de 9000 ha de culturas neste perímetro de rega”, alertando também para a necessidade de ajustar o preço da água aos perímetros de rega confinantes com o EFMA.
Por fim, a FAABA manifesta inteira disponibilidade ao Ministro da Agricultura para integrar a Comissão de Acompanhamento da Seca.