A eurodeputada Sara Cerdas reforçou, na manhã desta terça-feira, o papel das Regiões Ultraperiféricas (RUPs) como “territórios-chave que podem contribuir significativamente para efetivar os objetivos da União Europeia” em termos de “desenvolvimento sustentável, transição energética e combate às alterações climáticas”.
Foi durante o evento organizado e moderado por Sara Cerdas, em conjunto com o eurodeputado francês Stéphane Bijoux, que se debateu a estratégia para a biodiversidade na União Europeia.
No comunicado divulgado à imprensa, Sara Cerdas sublinhou que “o contexto geográfico das RUPs permite à União Europeia dispor de maiores zonas naturais terrestres e marítimas, reconhecidas internacionalmente, que devem ser melhor protegidas e potenciadas”. Sobre o que se avizinha, a socialista acredita que “a estratégia apresentada pela Comissão Europeia, e que conta com o apoio do Parlamento Europeu, dará especial atenção à proteção e restauração dos ecossistemas marinhos e terrestres tropicais e subtropicais nas regiões ultraperiféricas da UE, devido ao seu valor excepcional para a biodiversidade”.
A eurodeputada alertou para a necessidade de criar um “um quadro de governação abrangente para orientar a implementação dos compromissos em matéria de biodiversidade acordados a nível nacional, europeu ou internacional”, no sentido de “mapear obrigações, compromissos e estabelecer um roteiro para orientar a sua implementação”. Este quadro deverá dar uma especial atenção às regiões ultraperífericas, dado o valor acrescido em matéria de Biodiversidade.
Ruben Eiras, coordenador para a Economia Azul, no Fórum Oceano, foi um dos oradores neste debate, tendo abordado a importância da economia azul com uma visão integrada. Na sua intervenção, o madeirense explicou que o investimento sustentável no ambiente permitirá trazer benefícios até cinco vezes mais, em comparação aos custos, ao mesmo tempo que são criados empregos. A aposta na economia azul e na sustentabilidade “seria uma forma da União Europeia ser pioneira, mas também das Regiões Ultraperiféricas estarem na linha da frente da sustentabilidade. Temos uma grande oportunidade para construir o sonho europeu, tornando a economia azul um oceano de oportunidades”, referiu.
Nos comentários finais, Sara Cerdas reiterou que “a estratégia exigirá ações dos cidadãos, empresas, parceiros sociais e da comunidade de investigação e conhecimento, para além de parcerias fortes a nível local, regional, nacional e europeu. Todos nós precisamos de trabalhar pela recuperação da biodiversidade”.