Três anos após a entrada em vigor da etiqueta energética de aquecimento, a etiqueta de sistemas assume-se lentamente no mercado, no momento em que termina o projeto Label Pack A+, que procurou facilitar a implementação da etiquetagem energética de aquecedores de ambiente, de água quente e soluções combinadas em seis países europeus, os representantes desta iniciativa europeia fazem um balanço da implementação destes regulamentos.
“Como etiqueta que considera, pela primeira vez, a eficiência energética de uma solução que combina vários produtos, a etiqueta de sistemas de aquecimento europeia é significativamente mais complexa que as demais etiquetas de produtos, já estabelecidas no mercado, razão pela qual a sua implementação no tem vindo a ser feita de forma progressiva”, afirma Pedro Dias, Secretário Geral da Solar Heat Europe/ESTIF. Acrescentando que “é necessário um maior trabalho junto dos instaladores para que emitam e apresentem a informação que consta na etiqueta energética ao consumidor final, que ainda desconhece a existência deste tipo de informação mais especializada em sistemas de aquecimento.”
No decorrer do projeto Label Pack A+ muitas foram as ações desenvolvidas nos seis países participantes, desde sessões de informação para profissionais e público em geral, ações de formação dedicadas a instaladores e profissionais na área do aquecimento ao desenvolvimento de ferramentas online para a fácil etiquetagem dos sistemas de aquecimento e materiais de apoio à regulamentação de etiquetagem. Os três anos de projeto permitiram também reunir sugestões de melhoria da regulamentação e da sua implementação no mercado que foram passados à Comissão Europeia visando apoiar a revisão dos regulamentos de aquecimento, já iniciada.
Joana Fernandes, gestora do projeto por parte da ADENE- Agência para a Energia, faz “um balanço positivo desta etiqueta de sistemas, realçando a necessidade de continuar a trabalhar com os vários agentes da cadeia de mercado, para que as mais-valias desta ferramenta de comunicação para os consumidores possam ser melhor aproveitadas pelos profissionais e reconhecidas também pelo consumidor final, aquando da decisão de aquisição de novos sistemas de aquecimento”. Em particular o esforço de considerar as tecnologias renováveis, nomeadamente os sistemas solares térmicos, na eficiência global do sistema de aquecimento é uma aposta meritória que se deve afirmar no mercado para que seja cada vez mais claro para o consumidor as vantagens de optar por energias de fonte renovável. Esta aposta deve refletir sobre a experiência destes três anos para que estes sistemas sejam adequadamente considerados na etiqueta energética e esta possa afirmar-se no mercado do aquecimento como um elemento decisivo”. conclui Joana Fernandes.
Complementarmente à avaliação da implementação dos regulamentos de etiquetagem energética de aquecimento e identificação de potenciais melhorias, o consórcio reforçou a comunicação via social media vocacionado para o consumidor final. Também a ferramenta de cálculo e emissão da etiqueta energética de sistemas foi revista e melhorada para facilitar a experiência do profissional. Ficando todos os recursos disponíveis, nomeadamente a ferramenta on line dando também continuidade à cooperação com a Rede Solar Keymark.