O caso não é novo e já levou o ex-presidente da Junta de Lordelo, em Paredes, a despejar baldes de peixes mortos em frente à Câmara de Paços de Ferreira. Mas voltou à ribalta quando o atual autarca lordelense, Nuno Serra, pediu ajuda ao antigo Primeiro Ministro Passos Coelho para resolver o problema das descargas poluentes feitas por uma ETAR para o rio Ferreira, refere o Jornal de Notícias.
Agora, são os deputados do CDS/PP que querem saber o que está a ser feito pelo Ministério do Ambiente quanto a uma ETAR no concelho vizinho e que, dizem, “realiza descargas com efeitos devastadores para a fauna e flora do local”.
Ao JN, a Águas de Paços de Ferreira, que gere a ETAR de Arreigada, diz que o equipamento está a receber o dobro da capacidade faturada. A também concessionária pelo sistema de abastecimento de água e saneamento pacense explica que isso se deve ao uso “excessivo e indevido” de poços domésticos, bem como a “descargas indevidas” na rede de saneamento.
“A ETAR tem capacidade, e está a funcionar em pleno, para os cerca de 50 mil habitantes de Paços de Ferreira, ou seja, para cerca de 100 mil m3 de água residual por mês. Mas, na realidade, estão a chegar à ETAR cerca de 200 mil m3 de água residual por mês (em tempo seco), o dobro da capacidade faturada”, assume. Os problemas só serão solucionados com a construção de uma ETAR, medida que representa um investimento de 10 milhões de euros e só possível com fundos comunitários do programa 2020.
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