Os consumidores gastam em média cerca de 112 euros mensais com a energia e água utilizadas na habitação sendo a eletricidade a que implica maior despesa, seguindo-se, com pouca diferença entre si, o gás e a água. A energia elétrica, por ser considerada a mais cara é também aquela em que exige um maior esforço de poupança. Duas em cada três famílias mostra-se atento aos valores das suas faturas.
Estes são alguns dos dados provenientes do “Estudo de mercado sobre a Eficiência Energética na Habitação Particular”, realizado no âmbito prévio à Campanha de Sensibilização e de Promoção da Eficiência Energética na Habitação, sendo a ADENE- Agência para a Energia a entidade responsável pela sua implementação decorrente do Programa Operacional Sustentabilidade Eficiência no uso de Recursos (PO SEUR), a iniciar em Outubro de 2017.
Três em cada quatro dos inquiridos mostram também “preocupação com a temática da Eficiência Energética, ainda que na prática nem todos concretizem medidas efetivas para reduzir o consumo da forma mais racional”. Na base desta questão está a necessidade da redução das faturas de eletricidade, gás e água, sendo esta a principal motivação para 57% sentirem necessidade de alterar as suas práticas e rotinas de consumo energético e utilizarem a energia de uma forma mais eficiente e moderada.
24% dos inquiridos mostra-se sensibilizado com o efeito negativo que um consumo ineficiente da energia tem sobre o ambiente, resultando na escassez dos recursos naturais e na reduzida utilização de recursos renováveis.
“A implementação de soluções de eficiência energética na habitação, é também uma preocupação por parte de 19% dos inquiridos, no entanto, perante a necessidade de um investimento inicial elevado, não existe uma perceção imediata dos benefícios resultantes ao longo do tempo, não só no que respeita a uma poupança monetária, aumento do nível de conforto das casas e principalmente com os benefícios resultantes para a saúde dos seus ocupantes”, sublinha o comunicado.
Entre as medidas de eficiência energética mais implementadas destacam-se: a utilização de lâmpadas LED, sendo que 68% refere que utiliza este tipo de lâmpadas; 43% compram eletrodomésticos mais eficientes; 28% optou pela substituição de equipamentos eficientes de produção de água quente e 20% substituiu as janelas por opções mais eficientes. Apenas 3% recorre às energias renováveis para produção de energia em casa.
Este estudo foi realizado pela Consulmark no âmbito da Campanha de Sensibilização da Eficiência Energética para a Habitação Particular, financiada pelo POSEUR, que está a ser promovida pela ADENE.