Os Estados Unidos são o principal mercado de destino da cortiça portuguesa, representando mais de 20% do total exportado, com as vendas a alcançarem os 95,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2015.
Segundo dados fornecidos pela Filcork(Associação Interprofissional da Fileira da Cortiça), entre janeiro e junho, as vendas de cortiça ao estrangeiro totalizaram 473,2 milhões de euros, crescendo 7,8% em valor face ao período homólogo. No que respeita ao volume exportado, a tendência foi contrária, com um decréscimo de 2,6% entre 2014 e 2015 (de 94,6 milhares de toneladas para 92,1 milhares). No mesmo período, Portugal importou 31,8 milhares de toneladas de cortiça que custaram 64,7 milhões de euros, correspondendo a uma redução homóloga de 9,2% em volume e a um aumento de 4,2% em valor.
França, que foi em 2014 o principal destino dos produtos de cortiça portugueses, passou para segundo lugar no primeiro semestre deste ano, com 18,9% das exportações, no valor de 89,4 milhões de euros.
As rolhas são o produto de cortiça mais exportado (quase três quartos do total), com 342,1 milhões de euros exportados nos primeiros seis meses de 2015, seguindo-se os materiais de construção com 117,8 milhões de euros.
As exportações de cortiça têm vindo a aumentar desde 2010, tendo em 2014 crescido 1,5% em relação ao ano anterior.
Entre 2011 e 2014 Portugal produziu, em média, 85 mil toneladas de cortiça por ano.
No ano passado, a produção conjunta de Portugal e Espanha atingiu as 105 mil toneladas.
O Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça quer criar condições para a melhoria da produção de cortiça e dos montados e elaborou um plano de investigação e inovação para fomentar estes objetivos, num horizonte temporal de três ciclos produtivos, que vai ser hoje apresentado em Lisboa.