Os Estados Unidos anunciaram esta segunda-feira a criação de um fundo de investimento privado, de 100 milhões de dólares, para a conservação da biodiversidade da Amazónia, no âmbito do Diálogo de Parceria Estratégica, entre os dois países, noticiou a Lusa.
Segundo a nota de imprensa do Governo dos EUA, “o secretário de Estado norte-americano Michael R. Pompeo, e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil, Ernesto Araújo, sublinharam o estabelecimento de um fundo de investimento liderado pelo setor privado, de 100 milhões de dólares [cerca de 90 milhões de euros], com um impacto a 11 anos, para a conservação da biodiversidade da Amazónia, no seguimento do compromisso dos presidentes Trump e Bolsonaro, em março”.
Na nota salienta-se que a reunião de sexta-feira entre os dois chefes da diplomacia norte-americana e brasileira ficou marcada pelo lançamento de um Diálogo de Parceria Estratégica, que servirá de plataforma para ações conjuntas nas prioridades partilhadas, em três pilares: apoio ao governo democrático, obtenção de prosperidade económica e fortalecimento da cooperação na segurança e defesa.
A delegação norte-americana manteve o apoio à entrada do Brasil na Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Económica (OCDE) e anunciou o relançamento da Comissão Conjunta de Cooperação na Ciência e Tecnologia, que deverá reunir em novembro, em Brasília, no mesmo mês em que será organizado o Fórum de CEO Brasil-EUA, em Washington, já depois da realização de um Seminário da Energia, no Rio de Janeiro, em outubro, para “promover o investimento bilateral e as oportunidades de exportação”.
No final do encontro de quinta-feira, Pompeu e Araújo não responderam perguntas dos jornalistas nem revelaram informações sobre as negociações de um acordo de livre-comércio entre o Brasil e os Estados Unidos.
No final de julho, Trump anunciou que queria negociar um pacto comercial com o Brasil e fez elogios a Bolsonaro. O comércio dos Estados Unidos com o Brasil totalizou 103,9 mil milhões de dólares (93 mil milhões de euros) em 2018, de acordo com o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR).