O Estádio Universitário de Lisboa (EUL) prepara-se para avançar com a reflorestação dos seus espaços verdes, que implica o abate, a partir de janeiro, de 61 árvores em risco de queda, refere hoje o Correio da Manhã. Em contrapartida, serão plantadas 193 árvores, mais de 800 arbustos e cerca de duas mil plantas. O projeto vai custar perto de 56 mil euros e deve estar concluído até maio.
“É a primeira vez, em 60 anos, que o EUL tem um plano para a rearborização e que inclui a retirada de árvores que estão em perigo”, explicou ao CM Pedro Mil-Homens, pró-reitor da Universidade de Lisboa. As árvores assinaladas para abate são “uma preocupação grande” por estarem “ocas, em fim de vida e por representarem perigo”, disse.
Quanto ao protesto da Plataforma em Defesa das Árvores, que acusava o EUL de estar a preparar “o abate de cerca de 60 árvores” para a construção de um restaurante, Pedro Mil-Homens rejeita que os dois projetos estejam ligados.
A implementação do estabelecimento estava previsto para “uma zona de estacionamento selvagem”, mas por indicação da Câmara de Lisboa, que manifestou a intenção “de construir uma rotunda nessa área”, avançou alguns metros, o que implica a remoção “de cerca de uma dúzia de árvores”, explicou o responsável da Universidade.
A autarquia diz que a rotunda está prevista “há anos e deverá ser considerada como espaço de reserva”.
O Estádio Universitário de Lisboa dispõe de 2170 árvores, segundo o último inventário de vegetação, realizado por alunos do Instituto Superior de Agronomia, em 2007. O espaço tem 75 espécies de árvores, sendo que as mais abundantes são o pinheiro-manso, a oliveira, a cevadilha, o espinheiro-da-virgínia e o cipreste-comum.