A paisagem da zona urbana de Esposende vai ganhar um novo ribeiro, cuja construção, prevista para o próximo ano, visa controlar o problema das cheias que todos os anos afectam o concelho. Segundo noticia hoje o jornal Público, o canal, que formará um anel em torno da cidade, vai receber as águas que o solo não consegue absorver, criando um “rio artificial” que ligará o Rio Cávado ao Oceano Atlântico e uma nova zona de lazer.
Situada numa planície de aluvião na foz do Cávado, Esposende tem “um problema de cheias, que não tem a ver com a subida do rio no Inverno. O grande problema, explica o presidente da Câmara, Benjamim Pereira, é a água que vem das linhas de nascente que atravessam a cidade e que foram ficando condicionadas ao longo do tempo pelas dimensões das condutas nos arruamentos e pelo aumento das áreas impermeabilizadas com a construção das zonas industriais e da própria auto-estrada [A28]”.
De acordo com o presidente da Câmara de Esposende, o município “tem regras muito apertadas para a construção de um canal”, por se encontrar integrado no Parque Natural Litoral Norte. Por isso, a solução encontrada foi “integrar a obra nos espaços naturais da cidade”. O novo canal vai ser construído em vala a céu aberto, exceto no cruzamento com outras vias, com taludes de rocha, madeiras, e vegetação. Será um projeto “totalmente com engenharia natural”, sem recorrer a betão armado, assinalou Benjamim Pereira. Com a drenagem natural dos terrenos formar-se-á um “rio artificial” que vai permitir o escoamento das águas.