O Esporão e a Plataforma Salvar o Tua (PST) lançaram a campanha “O Último Ano do Tua” para sensibilizar a opinião pública para os efeitos devastadores e irreversíveis que a conclusão da barragem Foz Tua irá provocar na paisagem, na qualidade de vida e no turismo desta região, que integra o Alto Douro Vinhateiro, classificado pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade.
A campanha ‘O Último Ano do Tua’, produzida pelo Esporão em conjunto com a PST (da qual é signatário) teve a colaboração do realizador Jorge Pelicano que registou em quatro documentários, diferentes realidades e perspetivas do que está em causa na região. Pedro Duarte, Manuel Queiroga, Ricardo Inverno e Aníbal Gonçalves lançam o alerta para aqueles que poderão ser os últimos Dias do Tua, através do seu testemunho pessoal, relatando o impacto direto que o enchimento da barragem irá ter nas suas vidas e na região que habitam, defendem ou protegem.
Estas quatro histórias reais pretendem sensibilizar a opinião pública nacional e internacional para o património que será submerso de forma irreversível com o terminar da barragem de Foz Tua, levando à ação.
A campanha, disponível exclusivamente nos meios digitais, assume também um caráter internacional no site www.lastdaysoftua.com, para que mais pessoas possam envolver-se e participar nesta iniciativa.
Para a PST, e para o Esporão em concreto, os efeitos da construção da barragem serão altamente nocivos e irreversíveis, nomeadamente o impacto visual do muro de betão na foz do rio Tua, o afogamento de um dos mais ricos ecossistemas ribeirinhos selvagens em Portugal e as possíveis consequências para a produção dos vinhos e turismo nesta região.
O que está em causa não é apenas a proteção ambiental de uma região considerada Património Mundial pela UNESCO. É também a preservação económica, social e cultural do Alto Douro Vinhateiro, a mais antiga região demarcada do mundo, de características únicas, ameaçada por um projeto que não traz vantagens ao território nem aos seus habitantes, explicam em comunicado. Apesar do avançado estado de concretização das obras, ainda é possível evitar o enchimento da albufeira, permitindo assim a tomada de ações fulcrais para a preservação ambiental da região, antes que seja tarde demais, acrescentam, na mesma nota.
Veja aqui o trailer da campanha: [ot-video][/ot-video]