Investigadores da Universidade Politécnica de Valência (UPV) participam num projeto europeu para desenvolver uma plataforma web para a gestão integral dos recursos hídricos durante a estação seca no território sudoeste, que engloba Portugal, Espanha, Andorra e parte de França. Este é o objetivo do projeto europeu Aguamod, que parte da premissa de que, uma vez aplicada a Diretiva Quadro da Água, é necessário reforçar a cooperação dos gestores e utilizadores dos recursos hídricos, através do desenvolvimento de metodologias conjuntas multidisciplinares, a aplicar em todas as bacias do sul da Europa, refere a agência Lusa.
Entre os participantes desta iniciativa está o grupo de Engenharia de Recursos Hídricos do Instituto de Investigação em Engenharia da Água e Meio Ambiente (Iiama) da UPV, encarregado de criar uma metodologia comum para a modelagem e gestão dos recursos hídricos a nível global.
Este ambicioso estudo, que conta com o professor Javier Paredes como investigador principal pelo centro de Valência, é coordenado pelo Centro Nacional de Investigação Científica (França) e abrange um total de nove parceiros de três países europeus. Por Portugal, participam o Instituto Superior Técnico (IST) e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV). Espanha tem envolvidas neste estudo, além do Iiama, a Universidade do País Basco, a Universidade de Castilla-La Mancha, a Agência Estatal do Conselho Superior de Investigações Científicas e a Universidade de Cádis.
Para alcançar o objetivo de desenvolver uma metodologia comum a toda aquela região, será criada uma plataforma capaz de integrar os resultados de ferramentas de simulação hidrológicas e de gestão das bacias, de acordo com diferentes cenários de mudanças climáticas.
O projeto, que tem a duração de três anos, divide-se em quatro áreas de trabalho, a primeira das quais, baseada na recolha e análise de dados ambientais e socioeconómicos.
Posteriormente, será feita uma avaliação socioeconómica dos recursos hídricos, a que se seguirá o desenvolvimento de modelos de disponibilidade e gestão dos recursos hídricos, e, finalmente, a última fase será a criação da plataforma web.