Esgra indica que reciclámos mais no primeiro trimestre
Os principais sistemas de gestão de resíduos urbanos do país reportaram um aumento de reciclagem de resíduos urbanos no primeiro trimestre do ano, em linha com a evolução que já vinha de 2019. No entanto, de acordo com o Público, o mês de Março trouxe alterações profundas ao padrão de consumo e produção de resíduos, provocados pelo estado de emergência a que o país esteve sujeito, e que se prolongou por todo o mês de abril.
A Esgra, associação que agrega sistemas municipais e multimunicipais representando dois quintos dos resíduos produzidos em Portugal deu conta de um aumento de 18% da recolha seletiva de resíduos urbanos relativamente ao mesmo período do ano passado, “mesmo com as restrições que se começaram a sentir a partir do mês de março”, por efeito da crise covid-19 e dos respetivos impactos na circulação de pessoas e serviços. “Para este aumento contribuiu muito a recolha de papel/cartão, que registou a maior subida percentual – 23% – seguida das embalagens de plástico/metal – mais 19% – e do vidro, que subiu 12%, relativamente ao período homólogo de 2019”, explica.
As entidades de resíduos associadas da Esgra, entre os quais se contam a Tratolixo (Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra), a Lipor (Grande Porto), a Braval (Minho) ou a Resíduos do Nordeste, entre outras, cobrem 44% do território português, ilhas incluídas, e, garante a associação, “têm posto em prática todos os esforços para não comprometer a recolha e tratamento de resíduos, apesar dos efeitos da pandemia de covid-19. Com efeito, a luta contra o novo coronavírus levou alguns municípios a suspender a recolha seletiva porta-a-porta, ainda que se mantenha o funcionamento dos ecopontos e contentores de rua”, recorda esta entidade.