O Presidente da AIMMP – Assoiação das Indústrias da Madeira e do Mobiliário – introduziu a temática do debate referindo que em 1965 a área do pinheiro bravo em Portugal abrangia cerca de 1,2 milhões de hectares, cerca de um terço do território florestal, e que infelizmente a área abrange actualmente cerca de 600 mil hectares. Contudo, para além desta grande diminuição de área, há que ter em conta uma agravante, pois desses 600 mil hectares só 400 mil (44%) estão aptos para o aproveitamento industrial. A grande causa desta situação, refere o Presidente da AIMMP, são com efeito os incêndios que desde 1985 queimam em média 100 000 hectares por ano, com um número de ignições anuais na ordem dos 23 000. Mas o que é mais grave é que desses 100 000 hectares que arderam, 50% dessa área pertencem à floresta do pinheiro bravo. E consequentemente interroga-se deixando a pergunta no ar "porque não atingiu também em grande escala as outras espécies florestais?" Vítor Poças destaca que, para além dos incêndios, houve doenças que afectaram a árvore do pinheiro bravo e sobretudo foram visíveis os efeitos colaterais dos incêndios se tivermos em conta que o pinheiro bravo precisa de vinte e cinco anos de maturação para ser aproveitado industrialmente. E este facto actua como um factor inibidor para quem deseja plantar os pinheiros, segundo o jornal Vida Económica.
Energias renováveis abasteceram 72% do consumo de eletricidade em 10 meses
Nos primeiros dez meses do ano, as energias renováveis abasteceram 72% do consumo de eletricidade em Portugal. Neste período, a...