ERSE espera poupanças de 400 milhões até 2020
A ERSE espera obter poupanças de 400 milhões de euros para os consumidores de eletricidade até 2020 com medidas regulatórias como os leilões da produção em regime especial (ou PRE) e a renegociação das quantidades de gás natural que a central da Turbogás na Tapada do Outeiro está obrigada a comprar.
No primeiro caso estão em causa poupanças que, até 2020, andarão entre os 170 e os 200 milhões de euros e, no segundo, uma redução de custos que poderá ter ficado entre os 134 e os 214 milhões de euros, entre 2011 e 2015, explicou ontem fonte oficial da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, num encontro com a imprensa, citada pelo Público.
Os leilões de PRE (renováveis e cogeração) que a ERSE introduziu no final de 2011 vieram “transformar o que seria um problema numa oportunidade”, disse a mesma fonte.Entre 2012 e 2015, as poupanças para o sistema com estes leilões (o próximo será em setembro) atingiram os 79 milhões de euros e, no primeiro semestre deste ano, outros 43 milhões de euros, num total de 122 milhões de euros.
São ganhos obtidos com a redução do sobrecusto gerado pela PRE. De acordo com a configuração do sistema elétrico, a EDP Serviço Universal está obrigada a comprar toda a PRE.
Uma vez que a produção das renováveis aumentou nos últimos anos e que, em virtude da liberalização do mercado, a EDP perdeu muitos clientes para as empresas em regime de concorrência, a eletricidade que está obrigada a comprar passou a ser excedentária para a sua carteira de clientes, obrigando-a a revender o remanescente. Em 2011 a ERSE criou os leilões, que privilegiam a colocação desta energia no mercado a prazo, onde os preços de venda são mais elevados que no mercado diário.