Casas com tecnologia sofisticada capazes de gerir o consumo de energia à distância, com mecanismos para detetar situações de risco, como fugas de gás e alterações da atmosfera em todos os quartos, com lâmpadas inteligentes que se ajustam automaticamente à luz natural ou ainda com um sistema que avisa os moradores para as ameaças de desperdício de energia. Tudo isso está prestes a ser realidade com o projeto da Escola de Engenharia da Universidade do Minho. Uma equipa desta instituição vai aperfeiçoar uma tecnologia para gerir o consumo de energia à distância, permitindo poupar dezenas de euros por ano e promover um consumo sustentável, avança o jornal I. A missão foi confiada à equipa minhota após vencer o concurso EDP – Re:dy Challenge.
O objetivo do trabalho desta equipa é alterar módulos de tecnologia existentes e dar-lhes novas funcionalidades em áreas como a “segurança e o conforto” dos consumidores, “propondo-se a inclusão de mecanismos que detetem situações de risco” dentro de habitações ou escritórios. Pretende-se que o sistema atue de forma segura, com minimização de danos e notifique automaticamente o cliente ou a empresa perante a deteção de ameaças.
Os mesmos mecanismos permitem também minimizar as perdas de energia da habitação ou do escritório, garantindo o conforto atmosférico desejado. “Estas poupanças superam os custos de aquisição e utilização do equipamento”, explicam os professores Anabela Tereso e Luís Silva Dias do Departamento de Produção de Sistemas da universidade. Segundo os docentes, a monitorização em tempo real do ambiente e a deteção precoce de situações de risco podem ser feitas através da web ou de uma aplicação para smartphones e, em caso de fuga de gás, o utilizador consegue ativar, por exemplo, um sistema de ventilação om notificação automática para o seu telemóvel (SMS e chamada telefónica) podendo evitar uma situação de perigo.
Para a equipa, a distinção que lhe foi conferida no concurso EDP – Re:dy Challenge assume particular importância. “Este tipo de reconhecimento enriquece o nosso percurso pessoal e académico e aumenta as oportunidades de recrutamento, além de proporcionar maior visibilidade à Universidade do Minho, aproximando-a do tecido empresarial e abrindo portas para futuros projetos e parcerias”, apontou um dos membros da equipa, Tiago Gomes, de Engenharia Electrotécnica e de Computadores.
Na competição participaram, além desta equipa do Minho, alunos e professores das universidades de Aveiro, Coimbra, Nova de Lisboa, Évora e Algarve e Institutos Politécnicos de Bragança, Superior Técnico e Superior de Engenharia de Lisboa.