A EPAL congratulou, na passada terça-feira, numa cerimónia no Museu da Água, cinco projetos de final de curso da Pós-Graduação em Tecnologias de Gestão da Água. No evento esteve presente José Sardinha, presidente do Conselho de Administração da EPAL, para felicitar e entregar os diplomas aos alunos. Esta é uma iniciativa da Saberes e Sabores da Academia, que integra a Academia das Águas Livres da EPAL.
Durante a cerimónia foram apresentados cinco trabalhos de grupo, de final da Pós-Graduação em Tecnologias de Gestão da Água, com a posterior entrega dos diplomas aos alunos. Os projetos são:
- 1.º – Águas Recuperadas
- 2.º – Adaptação às alterações climáticas – Avaliação de vulnerabilidades
- 3.º – Gestão sustentável de Efluentes Agroindustriais e Agropecuários
- 4.º – Tuber
- 5.º – SIGLeak
Águas Recuperadas
O primeiro projeto apresentado recai sobre a reutilização da água residual e os sistemas de distribuição de água recuperada. Porque não se recupera mais água? Segundo o grupo, por falhas de informação e regulação, assim como uma baixa aderência das entidades gestoras face ao seu potencial.
O grupo considera então que é necessário adoptar uma orientação estratégica, medindo os impactos associados à recuperação de água. Os investigadores procuraram, ainda, responder às seguintes questões: como distribuir as águas recuperadas, a quem distribui-las e por quanto? Seria uma tarifa única à volta de 28 cêntimos por m³.
Adaptação às alterações climáticas
Este projeto avalia o nível de preparação das entidades gestoras, no que concerne às alterações climáticas, nomeadamente ao aumento do aquecimento global e da temperatura média, que provocam escassez de água.
A solução que o grupo de trabalho encontrou baseia-se em tecnologia e consiste numa plataforma digital composta por um questionário, para que a entidade gestora saiba “Qual o seu grau de vulnerabilidade?”. Primeiro em feita uma auditoria à entidade, seguindo-se opções de medidas de adaptação e um plano de investimento. Por último, faz-se um modelo de financiamento.
Efluentes Agroindustriais e Agropecuários
Com o intuito de alcançar uma gestão sustentável de Efluentes Agroindustriais e Agropecuários, este grupo de trabalho criou a entidade Efluentes Agroindustriais de Portugal. Estes profissionais afirmam que o problema é a carga poluente e apontam como solução maximizar a capacidade do tratamento de água, garantindo que há disponibilidade em algumas ETAR.
Pretende-se então criar uma plataforma de encontro de necessidades, quer das entidades gestoras, quer dos operadores económicos, assente no custo e no valor do tratamento dos efluentes, criando-se assim um Fundo de Investimento Ambiental (FIA).
Tuber — a Uber dos Tubos
Outros alunos notaram a ausência de resposta por parte das entidades gestoras, no que respeita a problemas de reparação. Os consumidores não sabem a quem recorrer, qual vai ser o tempo de resposta e o custo do trabalho de canalização. E quando se trata de um problema na via pública?
Assim, o grupo chegou ao Tuber — espécie de Uber dos Tubos –, uma app que promove a comunicação entre os diferentes players do setor (consumidores, entidades gestoras e canalizadores). O Tuber permite aos consumidores contactar diretamente com os profissionais de canalização das proximidades, ver o seu currículo; reportar anomalias na via pública; calcular a pegada hídrica, entre outras funcionalidades.
SIGLeak — gerimos a sua água
A SIGLeak seria uma empresa de gestão de água para controlo de perdas, decorrentes de fatores como: falta de recursos humanos, multiplicidade de tarefas dos vários cargos, questão financeira e pouco conhecimento das infraestruturas. Como tal, a SIGLeak disponibilizaria consultoria, deteção de fugas e formação, além de um simulador de análise de perdas, erros de medição e valores de investimento.