EPAL assegura que ETAR de Alcântara e da Guia cumprem regras ambientais de descarga
A EPAL afirmou este fim-de-semana que as ETAR de Alcântara e da Guia, na região de Lisboa, cumprem as regras ambientais de descarga, reagindo a uma avaliação da Zero que as coloca entre as 10 mais poluidoras da água. “As ETAR referidas [de Alcântara, em Lisboa, e da Guia, na costa do Estoril] cumprem os parâmetros estabelecidos por lei, definidos na respetiva licença de descarga”, salienta uma informação da Empresa Pública de Águas Livres – EPAL, empresa que opera aquelas unidades. Os resultados das análises realizadas periodicamente, salienta a EPAL, “estão abaixo dos limites estabelecidos por lei”.
A Associação Sistema Terrestre Sustentável – Zero analisou dados reunidos pela Agência Europeia do Ambiente (EEA na sigla em inglês) para as instalações em Portugal e fez dois rankings com 10 posições – um para a poluição do ar e outro para a poluição da água, divulgados na sexta-feira.
Na avaliação correspondente aos recursos hídricos avaliou informação de 56 instalações e 27 poluentes e concluiu que a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Matosinhos é a instalação mais poluente em Portugal, enquanto a unidade de Alcântara ocupa o segundo lugar e a SANEST – Saneamento da Costa do Estoril, em Cascais, está na quarta posição.
A EPAL refere que a informação foi divulgada “forma descontextualizada” e defende que “todas as ETAR que, como as referidas, cumprem a respetiva licença de descarga, são unidades de despoluição”. Por isso, continua a empresa, “é incorreto tratar estas importantes infraestruturas, essenciais à qualidade do ambiente e à saúde pública, como unidades poluidoras sendo, isso sim, unidades de despoluição essenciais à qualidade de vida das populações”.
A empresa, que também gere o abastecimento de água em Lisboa, aponta que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) “acompanha de forma permanente o excelente desempenho das instalações” e tanto a ETAR de Alcântara, como a da Guia, “estão equipadas com as melhores e mais eficientes tecnologias”. Aliás, salienta, parte da água residual tratada naquelas instalações é reutilizada, quer interna quer externamente, “o que evidencia o seu elevado grau de qualidade”.