(Entrevista) Qualidade da água é prioridade da Águas do Centro Alentejo
Em entrevista à Ambiente Magazine, Artur Magalhães, presidente do Conselho de Admnistração da Águas do Centro Alentejo, explicou que dentro dos orçamentos previstos para este ano, estão incluídos projectos de abastecimento de águas e saneamentos de águas residuais. Porém, um dos principais objectivos da empresa será privilegiar a qualidade da água que fornecem. – Que projectos têm em curso? Presentemente a Águas do Centro Alentejo tem em curso a fase final das Empreitadas do 2º e 3º Grupo de Pequenas Instalações de Tratamento de Águas Residuais (PITAR), que vão servir localidades mais pequenas, nos 6 Municípios que integram desde o início o Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e Tratamento de Águas residuais do Centro Alentejo – Alandroal, Borba, Évora, Mourão, Redondo e Reguengos de Monsaraz. Salientamos ainda a Empreitada de Reabilitação/Ampliação da ETAR de Évora, e a Empreitada de Oriola, cujos investimentos se prevê iniciar ainda no 2º semestre de 2010. Por outro lado, relativamente a Portel – município que integrou o Sistema em Julho de 2009, estamos a ultimar a preparação dos concursos das empreitadas relativas aos Sistemas de Abastecimento e Saneamento. – Que investimentos e objectivos a atingir estão previstos no vosso plano de actividades? O investimento total previsto é de 35,4 milhões de euros no Abastecimento de Água, e de 43,3 milhões de euros no Saneamento de Águas Residuais, incluindo aqui já o Município de Portel. Para 2010 temos ainda previsto: o lançamento do Concurso da Remoção de Arsénio da ETA do Alandroal; início da fase de arranque das PITAR do 2º e 3º Grupos. Estas instalações, pertencem aos Concelhos de Évora, Borba, Redondo, Reguengos de Monsaraz e Alandroal e têm um valor estimado de 9.286.711 euros. Estão inseridas nesta Empreitada as PITAR da Azaruja, Casas Novas, Nª Sra da Boa Fé, Nª Sra de Guadalupe, Nª Sra de Machede, São Brás do Regedouro, São Sebastião da Giesteira, Torre de Coelheiros, São Vicente do Valongo, Vendinha, Valverde, Alcáçovas, Bairro de Espadas, Degebe do Concelho de Évora, Nora e Orada do Concelho de Borba, Aldeia da Serra, Freixo e Santa Susana do Concelho do Redondo, Perolivas, Caridade, Cumeada e Baldio do Concelho de Reguengos de Monsaraz e Montes Juntos, Orvalhos, Casas Novas de Mares, Aldeia de Ferreira, Rosário, Cabeça de Carneiro, Mina do Bugalho, Aldeia de Venda e Aldeia de Marmelos.
– Qual a situação ao nível do saneamento e do abastecimento e qualidade de água que servem à população que abrangem? Quais os vossos objectivos para o futuro? Actualmente temos uma taxa de cobertura de 96,2% da população servida no Abastecimento, e de 89,7% no Saneamento. A Qualidade da Água que fornecemos sempre foi uma preocupação prioritária. Desta forma, temos em curso o cumprimento do Plano de Controlo de Qualidade da Água (PCQA), aprovado anualmente pela ERSAR, e conseguimos atingir uma taxa de 0,5% de incumprimentos nas análises realizadas em Laboratório externo acreditado. O nosso objectivo é conseguir reduzir ainda mais essa percentagem. – Têm feito algumas alterações ao nível da estrutura da Águas do Centro do Alentejo no sentido de a modernizar? A estrutura da Águas do Centro Alentejo tem-se vindo a alterar consoante as necessidades da empresa e a fase de investimento em que se encontra ainda. Temos uma equipa maioritariamente jovem, mas simultaneamente experiente, madura e empenhada no seu papel de serviço público. Proporcionamos aos nossos Colaboradores a formação contínua necessária para o desempenho das suas funções, e para a constante actualização de conhecimentos que é tão necessária dada a constante mudança e modernização de equipamentos e tecnologias. Em relação às infra-estruturas, estamos a utilizar cada vez mais as energias renováveis, e nas ETAR é utilizado efluente tratado nas instalações para lavagens de serviço, ou regas (sempre que o tratamento utilizado o permite). Estamos a instalar em muitas das nossas Instalações painéis fotovoltaicos, o que nos permite reduzir a emissão de CO2 para a atmosfera. Este é um projecto que decorre já desde 2009, e que tem vindo a aumentar progressivamente. – Ao nível da sensibilização e da educação da população, o que tem sido feito? Temos efectuado diversas campanhas de sensibilização e educação ambiental, gradualmente dirigidas a faixas etárias específicas, começando pelo Ensino Básico. Iniciámos este projecto com um concurso em 2008, onde os alunos eram desafiados a elaborar um filme relativo ao Uso Racional da Água, no ano passado tivemos uma campanha com cartoons que ensinavam pequenos truques que todos podemos fazer no nosso dia-a-dia e que fazem toda a diferença ao nível da poupança de água e na sua preservação. Este cartoon saiu durante 4 meses, semanalmente, num jornal regional. Realizamos com muita frequência visitas às nossas Infra-estruturas, e aproveitamos essas ocasiões não só para dar a conhecer o nosso trabalho, como para sensibilizar as pessoas que nos visitam – crianças, jovens e adultos de todas as idades para a importância da preservação dos recursos hídricos. – É preocupação da empresa a diminuição de perdas de água ao nível do abastecimento? No âmbito da actividade da empresa (Abastecimento em Alta) a percentagem de perdas assume uma menor expressão do que nos sistemas em Baixa. Contudo, constitui uma preocupação permanente no quadro dos objectivos de eficiência do serviço prestado, a contenção da percentagem de perdas.