A Energia Simples, comercializadora de eletricidade portuguesa que engloba clientes nacionais e espanhóis, duplicou a faturação, tendo fechado o ano de 2017 com um volume de negócios de 101,4 milhões de euros.
À Ambiente Magazine, Manuel Azevedo, CEO da Energia Simples, afirma que o “forte crescimento” da empresa deve-se sobretudo à solidificação da “presença da empresa em concursos públicos”, permitindo alargar a área de oferta, “começando a dar os primeiros passos na comercialização de gás natural”.
Para o responsável, este é um resultado “representativo do crescimento consolidado da Energia Simples. Conseguimos obter um total de 19.500 clientes, 760 GWh de energia vendia, 30GW de gás vendido e um crescimento de 147,91%”.
A par de todas as iniciativas concretizadas – como o projeto inteGridy que prevê reduzir o consumo de energia elétrica do edifício da Câmara Municipal de Lisboa e responder às principais necessidades energéticas – a Energia Simples pretende facilitar a venda direta de eletricidade entre produtores e clientes finais.
Neste sentido, desenvolveu uma plataforma de eficiência energética, o ECONE. Assim, os clientes de energia elétrica sabem a “origem da sua energia, podendo especificar o centro de produção de energias de fonte renovável como eólica, mini-hídrica ou solar”, explica Manuel Azevedo.
Ao mesmo tempo, a empresa ambiciona reforçar também a sua carteira de clientes de eletricidade em Espanha onde já angariou mil clientes e cinco milhões de euros de faturação. O grande desafio é tornar a Energia Simples, numa “empresa ibérica com raízes portuguesas e com visão europeia”, adianta o responsável.
O ano de 2018 está a ser um ano melhor. Manuel Azevedo diz que a empresa conseguiu um Ebitda de “800 mil euros no primeiro trimestre” do ano e que chegará ao fim do ano com um valor “próximo dos dois milhões”. No entanto, há um objetivo a longo prazo que a equipa da Energia Simples quer atingir: em 2020, tornarem-se uma empresa energética “100% verde”.