“Dificuldades na Gestão da Água e a Emergência Climática: Mudanças Necessárias” é o tema central da edição de 2021 do ENEG (Encontro Nacional de Entidades Gestoras de Água e Saneamento). O Tivoli Marina Vilamoura – Centro de Congressos é o palco desta edição que começou esta terça-feira, dia 23 de novembro, e que decorre até sexta-feira, 26 de novembro. A APDA (Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas) é a entidade promotora do ENEG.
“É um momento para homenagear o setor da água e do saneamento”, começou por dizer Rui Godinho, presidente da APDA, lembrando a “capacidade de resposta” do setor nos últimos anos, marcados pela “incerteza” e pelo “desconhecimento” que a pandemia da Covid-19 lançou. “A rápida adaptação, em termos de organização de recursos humanos, técnicos e operacionais, assegurou, sem uma única queda, o acesso à água a todos os portugueses”, reforçou.
Rui Godinho, que falou na sessão de abertura do ENEG 2021, não deixou de reiterar que a “centralidade da água na proteção humana” ficou bem demonstrada nestes tempos, sendo, por isso, tão importante debater o recurso: “Têm de ser dados passos seguros no sentido de políticas públicas necessárias” para se conseguir um setor resiliente, algo que ainda não acontece.
O presidente da APDA lembrou ainda que as ameaças conjugadas das alterações climáticas e da pandemia mantêm-se, sendo importante atuar com “medidas estruturais”, participando e debatendo medidas, soluções e políticas adequadas que valorizem o recurso: “(A água) tem de passar a ser essencial para vital”, afinca.
Como notas finais, Rui Godinho destacou ainda as eleições de janeiro de 2020, alertando para a importância dos próximos meses: “Há uma urgente necessidade dos partidos fazerem constar, nas respetivas agendas, políticas públicas para o setor”.