ENEG 2025 começa a ser pensado já em janeiro com promessa de “sempre que necessário recorrermos a mobilizar o setor”
A sessão de encerramento do ENEG 2023 (Encontro Nacional de Entidades Gestoras de Água e Saneamento) aconteceu esta quarta-feira, 30 de novembro, com algumas declarações dos principais intervenientes deste evento, Frederico Martins Fernandes, responsável da comissão organizadora, e Rui Godinho, presidente do Conselho Diretivo da APDA.
Numa análise aos três dias do evento, Frederico Martins Fernandes afirmou que “valeu a pena” e que “foi bom ver o feedback que tivemos” e “foi bom perceber que para todos os envolvidos isto teve algum retorno, quer pessoal, quer profissional”. Acrescentou ainda: “procuramos aqui que o ENEG tivesse umas pequenas melhorias, tentamos que o evento tivesse medidas de maior sustentabilidade , fizemos um tracking de sustentabilidade na app, com a possibilidade de cada um calcular a sua pegada carbónica, tivemos autocarros, mochilas recicláveis, reciclagem no espaço do evento, e podíamos ter feito muito mais, mas o importante aqui é que criamos uma base line de sustentabilidade para o próximo ENEG”.
O responsável sublinhou ainda a importância de dinamizar a presença dos jovens, com a criação de um ingresso especial para profissionais do setor com menos de 30 anos, mas mesmo assim os números ainda não são os esperados, apesar de alguma melhoria face à última edição.
Além disso, “tentamos trazer para as mesas-redondas pessoas fora do setor para falar de temáticas transversais”, entre outras iniciativas como promover a igualdade de género.
Por sua vez, Rui Godinho, presidente conselho diretivo da APDA, confirmou que os objetivos definidos foram alcançados, sendo agora altura de fazer um balanço para determinar os pontos a melhorar e que medidas acertar, de forma a preparar para outros eventos futuros desta dimensão ou equivalentes, como será o ENEG 2025, que a partir de janeiro será já pensado: “não podemos perder muito tempo, não só como mantermo-nos atentos e sempre que necessário recorrermos a mobilizar o setor para vir discutir coisas concretas e objetivas”.
Na visão do responsável, o ENEG deste ano revelou “uma preocupação e uma reflexão dos técnicos, dos dirigentes, das entidades gestoras e de outras entidades, que com elas interagem, no sentido de dar contributos para que possamos daí retirar elações e extrair orientações, para que o setor da água vá avançando e ultrapasse situações delicadas como a inércia de decisões de poderes políticos, como foi aqui amplamente debatido”.
Face ao atual cenário político em Portugal, Rui Godinho garantiu que “faremos perguntas quando for formalmente o momento” e que terá de ser tido em conta o “recurso único que determina todas as outras políticas que têm a ver com a qualidade de vida e com o bom estar das populações” – a água.
O ENEG 2023, realizado no Multiusos de Gondomar, contou com 818 inscrições, 270 comunicações e 39 candidaturas aos Prémios Tubos de Ouro. O evento regressa em 2025.