Depois das construtoras é a vez das energéticas portuguesas apostarem nos países da América Latina, refere o Diário de Notícias.
A EDP e a Galp já têm uma presença consolidada nestes mercados mas agora foi a vez da REN de entrar nesta geografia, através da compra de uma participação de 42,5% da empresa chilena Eletrogas, que tem gasodutos no Chile, num investimento de 170 milhões de euros.
Este é um primeiro passo no movimento de internacionalização da REN, que gere a rede elétrica nacional, embora a empresa garanta que Portugal “continuará a ser o principal mercado”. Não estará afastado, contudo, a aposta noutros países desta geografia, numa lógica de cumprimento do plano estratégico até 2018.
A EDP, por seu turno, tem uma forte presença no mercado brasileiro, através da EDP Brasil e, em agosto, avançou com um investimento de 400 milhões (com um parceiro local) para a construção de uma barragem no Peru.
A América Latina é um mercado estratégico da EDP, disse mesmo António Mexia, presidente da empresa, em entrevista recente ao Dinheiro Vivo. A aposta passa pelas eólicas nos Estados Unidos mas também pelas barragens “na América Latina e em África, em países como o Peru e Moçambique, e talvez a Ásia”.
Já no caso da Galp, a petrolífera é parceira da empresa estatal Petrobras, com presença na exploração de vários blocos petrolíferos no país. Até ao final de 2018 a empresa quer ter mais quatro plataformas petrolíferas em funcionamento no Brasil (e duas em Angola).